Orquestras e coro do NEOJIBA se apresentam no TCA em concerto para convidados

  • 17 dez, 2021

Qual o coletivo de pais corujas? Podemos não saber o nome, mas já temos a imagem. No começo da noite de ontem (16/12), eles ocuparam a plateia do Teatro Castro Alves (TCA) para assistir ao concerto de encerramento das atividades de 2021 da Orquestra Castro Alves (OCA), Orquestra Pedagógica Experimental (OPE) e do Coro Infantojuvenil, formações iniciais e intermediárias do NEOJIBA, programa do Governo da Bahia. 

Foi um concerto da "nova geração do NEOJIBA", como definiu o diretor musical Eduardo Torres. Os jovens músicos tiveram o desafio de se apresentar com menos de três meses de ensaios presenciais, resgatando tudo aquilo que aprenderam em mais de um ano de aulas remotas pelo Zoom, Skype e Whatsapp. Além de dominar os instrumentos, tiveram que lidar com o frio na barriga da estreia. Muitos estavam tocando no TCA pela primeira vez. O concerto contou com um público reduzido, seguindo todos os protocolos de prevenção à COVID-19. Na plateia, estiveram apenas convidados, familiares e colaboradores do programa.

A OPE foi a primeira a subir ao palco. Sob regência de Adauri de Oliveira, a orquestra apresentou arranjos adaptados para orquestras infantojuvenis de "O Barbeiro de Sevilha", de Rossini, da "Marcha militar francesa", de Camille Saint-Saens e do "Capricho Italiano", de Tchaikovsky. Lucas Silva, 14, spalla da orquestra, chegou aparentando confiança de gente grande, mas contou depois que estava com um "leve nervoso". "Ser spalla é muita responsabilidade, e começar logo assim, no Teatro Castro Alves, que é um dos maiores da Bahia e do Brasil, é algo imenso. Me deu um leve nervoso, mas ocorreu tudo bem. Foi uma apresentação deslumbrante, incrível".

Os integrantes da OCA se apresentaram na sequência. Eles tocaram a "Dança Húngara nº 1", de Brahms, a abertura da ópera "Nabuco", de Verdi, sob regência de Eduardo Salazar, e depois acompanharam o Coro Infantojuvenil num trecho da "Cantata de Natal" de Saint-Saens e "Adiemus", de Karl Jenkins, em arranjo de Marcos Rangel, sob o comando de Lucie Barluet.  Novamente sob a regência de Salazar, a noite foi encerrada com trechos do balé "Quebra Nozes", de Tchaikovsky, "Nimrod", de Elgar, numa homenagem às vítimas da COVID-19, e  "Boas Festas", do baiano Assis Valente, numa versão assinada por Jamberê para lá de animada. 

Eliene Santos fez questão de sentar nas primeiras fileiras para acompanhar a filha Lívia, que toca fagote na OCA. "Pelo meu gosto, no resto do ano teria todo dia uma maravilha dessas. Nós ainda estamos na pandemia, mas com os cuidados, tudo é possível. Tenho fé que logo isso vai passar e nós vamos poder estar mais vezes nesse aconchego maravilhoso". 

Quem perdeu a apresentação não precisa se preocupar. O concerto também foi transmitido ao vivo pelo canal do NEOJIBA no Youtube, onde permanece disponível na íntegra. 

Sobre o NEOJIBA 

Criado em 2007, o NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) promove o desenvolvimento e integração social prioritariamente de crianças, adolescentes e jovens em situações de vulnerabilidade, por meio do ensino e da prática musical coletivos. O programa é mantido pelo Governo do Estado da Bahia, vinculado à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, e gerido pelo Instituto de Desenvolvimento Social Pela Música. Em 14 anos, o NEOJIBA atendeu, direta e indiretamente, mais de 10 mil crianças, adolescentes e jovens entre 6 e 29 anos. Atualmente, o programa beneficia 1970 integrantes diretos em seus 13 núcleos e 4.500 indiretos em ações de apoio a iniciativas musicais parceiras.


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