Após uma temporada de longas filas e sessões lotadas, a ópera nordestina “Dulcinéia e Trancoso” está de volta a Salvador. Serão três apresentações com o Coro e a Orquestra NEOJIBA no Teatro Vila Velha, nos dias 17, 18 e 19 de novembro, com ingressos a R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia), já disponíveis pelo Sympla.

Sucesso de público, a montagem do NEOJIBA já foi vista por mais de duas mil pessoas em Salvador, João Pessoa, Mossoró e Manaus, durante a “Turnê da Liberdade”, realizada pelo programa do Governo da Bahia em agosto.  

Composta pelo paraibano Eli-Eri Moura, com libreto de W. J.Solha, a ópera “Dulcinéia e Trancoso” é inspirada na obra do escritor Ariano Suassuna. É considerada a primeira ópera armorial, fruto do movimento idealizado na década de 1970 por Suassuna para valorizar a arte popular do Nordeste Brasileiro. 

No palco, são os próprios personagens de Suassuna e do escritor espanhol Miguel de Cervantes que conduzem a história de amor de Dulcinéia e Trancoso na aridez do sertão nordestino. Numa mágica mistura de elementos das culturas nordestina e ibérica, o casal de protagonistas evoca Dom Quixote e Maria Bonita. Eles rogam proteção à Compadecida para se livrar do pior dentre os vilões, a Morte. 

A ópera tem regência de Lucie Barluet, com direção cênica de Chica Carelli, figurino de Zuarte Jr e luz de Luciano Santos. Os solistas são integrantes do Coro Juvenil do NEOJIBA, com Maiane Santa Izabel como Dulcinéia, Thiago Alves como Trancoso, Samuel Marques como Ariano Suassuna, Ed Silva como Cervantes, Iuri Neery como Bozo, Guilherme Bispo como Dono do Circo, Alessandra Lima como A Compadecida e Camila Ceuta como A Morte. 

A jornalista Malu Fontes assistiu a primeira temporada da ópera em Salvador e ficou impressionada com o que viu. “Achei incrível, muito bonito. As cores do espetáculo, a direção, foi tudo maravilhoso. Quando a gente pensa em ópera, parece uma coisa distante, e aqui a gente viu muitas cores locais, nordestinas”.  

Robert Alexandre, maestro do Coral Juventude Arte do Recôncavo, também se emocionou com a montagem. “A sonoridade, a técnica, foi tudo encantador.  Fiquei muito feliz de ver essa qualidade musical na Bahia, em Salvador".

Ópera “Dulcinéia e Trancoso” - com o Coro e Orquestra NEOJIBA, sob regência de Lucie Barluet, e direção cência de Chica Careli

Dia 17 (sexta) e 18 (sábado), às 19h, e dia 19 (domingo), às 17h

Teatro Vila Velha (Passeio Público - Campo Grande)

Ingressos: R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia). À venda no Sympla (sympla.com.br)

Classificação livre

A série Concertos Itinerantes conta com o patrocínio do Ministério da Cultura, Governo da Bahia e NUBANK, através da Lei de Incentivo à Cultura, do Governo Federal.

Sobre o NEOJIBA

Criado em 2007, o NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) promove o desenvolvimento e integração social prioritariamente de crianças, adolescentes e jovens em situações de vulnerabilidade, por meio do ensino e da prática musical coletivos. O programa é mantido pelo Governo do Estado da Bahia, vinculado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, e gerido pelo Instituto de Desenvolvimento Social Pela Música. Em 16 anos, o NEOJIBA atendeu, direta e indiretamente, mais de 12 mil crianças, adolescentes e jovens entre 6 e 29 anos. Atualmente, o programa beneficia 2.300 integrantes diretos em seus 13 núcleos, em Salvador e mais 6 cidades do interior da Bahia, e 6.000 indiretos em ações de apoio a iniciativas musicais parceiras.