Membros fundadores do NEOJIBA se despendem em concerto no TCA

  • 21 dez, 2017
Apresentação da Orquestra Juvenil da Bahia também encerrou a série NEOJIBA no TCA de 2017
Dia 20 de outubro de 2007, Karen Silva, Kívia Santos, Ana Cely e Reinaldo Silva subiram ao palco do Teatro Castro Alves com a Orquestra Juvenil da Bahia pela primeira vez. Era o primeiro concerto do NEOJIBA, o início da trajetória do Programa e desses jovens músicos. Na noite da última quarta (20), esses quatro jovens baianos realizaram o seu último concerto como integrantes da Orquestra Juvenil da Bahia e receberam uma homenagem de Ricardo Castro, diretor geral do NEOJIBA. No palco do TCA, também estavam membros da Orquestra Castro Alves que, em 2018, assumem a Orquestra Juvenil da Bahia, após edital de seleção público que teve o resultado divulgado no último sábado (16). As audições realizadas anualmente pelo NEOJIBA renovam as formações musicais do seu Núcleo de Gestão e Formação Profissional. A partir do próximo ano, jovens músicos da segunda geração, que tiveram como professores os integrantes da primeira, irão dar continuidade à construção desta política pública que é o NEOJIBA. Reinaldo Silva, atuou como spalla da Juvenil da Bahia ao lado de Dâmaris dos Santos, em 2017. Para ele, encerrar esse ciclo na orquestra traz uma sensação de dever cumprido. “Cresci bastante nesses 10 anos, tanto como músico, quanto como instrumentista e pessoa. É muito gratificante ver meus alunos entrando na próxima Orquestra Juvenil da Bahia”, conta o violinista. “Integrar a Juvenil foi a realização de um sonho de tocar violino numa orquestra”, conta Karen. Há 10 anos, ela iniciava a graduação em música quando entrou para o NEOJIBA. “Eu vejo o programa como uma criança que está crescendo. Eu fico muito feliz de ter participado dessa construção nos últimos anos. Aqui dentro eu descobri que queria ser musicista de orquestra e também trabalhar com educação musical. Na verdade, graças as experiências que eu tive aqui, hoje eu já me considero uma educadora”, afirma. Para Ana Cely, a experiência no NEOJIBA definiu os rumos da trajetória que ela pretende trilhar. “O NEOJIBA tem total responsabilidade sobre tudo na minha vida. Se eu decidi fazer licenciatura em música e sou uma pessoa super realizada, é tudo por causa das experiências que eu tive aqui dentro. 10 anos depois é gratificante olhar o quanto eu aprendi e o quanto eu cresci aqui dentro”, afirma a violinista. Todas as turnês e experiências musicais que Kívia viveu ao longo de 10 anos no NEOJIBA só fazem sentido por causa das relações humanas que conseguiu construir. “Entrei com 14 e hoje tenho 24. Mudei muita coisa na minha cabeça, aprendi muito. Tive muito aprendizado musical, muitas oportunidades excelentes de conhecer vários lugares, mas o que mais me impactou foram as relações humanas. Aqui eu aprendi a lidar com o outro, a ter empatia. Ajudar o outro e deixar que o outro me ajude também. Isso é o que eu vou levar de mais significativo nesses 10 anos de NEOJIBA”, afirma a contrabaixista.

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