Integrantes do NEOJIBA em Trancoso empreendem na área musical
O grupo se apresenta há dois anos em pousadas, restaurantes e casamentos na vila
No verão de 2015, os jovens Edivonei Gonçalves e Robert Barreto resolveram pegar seus violinos para tocar no Quadrado, área turística no distrito de Trancoso, município de Porto Seguro, onde moram. Estavam de férias da escola e buscavam uma forma de se divertir e ganhar algum dinheiro. Desde 2011, os dois são integrantes do Núcleo Trancoso, que o NEOJIBA mantém na região em parceria com o Instituto Trancoso. Foi no Núcleo que eles começaram seus estudos no instrumento.
A iniciativa dos jovens logo rendeu frutos. Logo no primeiro dia, conseguiram se apresentar na inauguração de uma loja em troca de um cachê. “Uma das pessoas que assistiu a gente, perguntou se tínhamos um quarteto para fazer uma outra apresentação. Respondemos que sim, mesmo não tendo”, conta Robert. A partir daí, a dupla se juntou a mais dois colegas do Núcleo e se tornou o Quarteto de Cordas de Trancoso. Hoje, além de Edivonei e Robert, ambos com 17 anos e violinistas, o grupo é formado por Verônica Sales (violoncelo), 18, e Jeferson Freitas (viola), 21.
Trancoso é um vilarejo turístico, com muitas pousadas e restaurantes. O local atrai muitos casais, que vêm principalmente das regiões Sul e Sudeste do Brasil, com o desejo de realizar nesta vila suas cerimônias de casamento. Adriana Barreto, mãe de um dos jovens músicos Robert, é nativa do lugar e conhece a demanda por músicos para tocar nesses espaços. Rapidamente, Adriana percebeu que esta era uma oportunidade para o grupo empreender e se apresentar com mais frequência.
“Quando eu vi o grupo, logo procurei o dono de uma pousada para ouvir. A ideia era que ele chamasse os meninos de vez em quando para tocar para os hóspedes, mas o rapaz ficou encantado e convidou o Quarteto para tocar toda semana”, conta Adriana Barreto, que se tornou empresária do Quarteto de Cordas Trancoso. Na primeira apresentação, novamente o talento do grupo falou mais alto. O ambiente do restaurante da pousada, normalmente barulhento por conta das conversas nas mesas, ficou silencioso e todas as atenções foram dedicadas ao grupo.
“Foi muito bom aquele dia. A gente começou a tocar e as pessoas começaram a parar para assistir. Quem passava na rua também parou para ouvir, alguns entraram. No final, o restaurante estava cheio. Todo mundo assistindo nosso concerto”, lembra Edivonei com entusiasmo.
Outro passo importante para o grupo foi começar a tocar nos casamentos que acontecem em Trancoso. “Como eles já estavam tocando toda semana na pousada, ficou mais fácil divulgar e conseguir fechar os contratos”, afirma Adriana, a mãe-empresária do grupo. O sucesso foi tanto entre noivos e noivas, que agora alguns convites para tocar em casamentos estão tendo que ser dispensados. “Tem tanta gente procurando, que já não temos como atender todo mundo”, afirma Robert.