Orquestra Infantil da Bahia reúne nova geração de musicistas da Bahia
Projeto pioneiro simboliza início de uma nova década do Programa no Estado
As emoções vividas durante os concertos de aniversário dos 10 anos do NEOJIBA ainda reverberam na plateia e nas pessoas envolvidas diretamente e indiretamente com as comemorações. As 100 crianças e adolescentes que formaram a primeira edição da Orquestra Infantil da Bahia, já voltaram às suas formações musicais de origem, nos núcleos do NEOJIBA, filarmônicas e/ou orquestras de cordas do interior do Estado. Na bagagem, levaram uma série de aprendizados e vivências que causarão impacto na família, nos grupos e nas cidades de onde vieram.
Durante os dez dias da residência artística, e nos três concertos que aconteceram na Sala Principal e na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, as crianças e adolescentes da Orquestra Infantil vivenciaram uma diversidade de experiências. Para o maestro regente, Marcos Rangel, o primeiro grande desafio enfrentado pelos integrantes desta orquestra foi se tornar um grupo com unidade musical. Afinal, a maioria deles se conheceu pela primeira vez durante a residência.
“Nosso receio inicial era que dez dias não fossem suficientes, quando na verdade foi tempo de sobra. Rapidamente, eles se identificaram e interagiram como grupo”, pontua Rangel. Como exemplo da fluidez orquestral apresentada pelas crianças e jovens, o diretor musical do NEOJIBA, Eduardo Torres aponta a execução do repertório que foi apresentado nos três concertos, exemplificando com o Prelúdio para Te Deum, de Marc-Antoine Charpentier –primeira peça do concerto de estreia da primeira orquestra do NEOJIBA em 2007.
“Se compararmos o resultado da Orquestra Infantil na apresentação desta peça com o resultado da primeira orquestra constituída pelo Programa em 2007, observamos que o nível de execução é outro. Estamos falando de um ponto de partida que é muito mais alto”, observa Torres.
A rotina de ensaios, o repertório, as vivências com os músicos experientes da Orquestra Juvenil da Bahia e as aulas com professores de reconhecimento internacional, como a violista argentina Ingrid Zur e a oboísta moçambicana Edelvina Materula, tudo colaborou para estimular e desenvolver as habilidades musicais e técnicas necessárias para o êxito da primeira edição da Orquestra Infantil da Bahia.
“A Orquestra simboliza isso tudo: o crescimento do NEOJIBA, o potencial do futuro da Bahia e do NEOJIBA. É mais uma prova de que as crianças e os jovens de todas as cidades do Estado precisam de oportunidade”, ressalta a diretora institucional do Programa, Beth Ponte. As 100 crianças e jovens que participaram do projeto pioneiro mostraram que a transformação social através da música habita a capital e também todo o Estado da Bahia.