OPE realiza primeira prática social em hospital

  • 16 dez, 2016
Na tarde da última quarta-feira (14), as crianças da Orquestra Pedagógica Experimental, formação musical do Núcleo Federação, levaram alegria para os pacientes e funcionários do Hospital Reitor Edgard Santos (Hospital das Clínicas), no bairro do Canela. “Decidimos fazer duas ações em hospitais este ano. O que me deixa mais feliz é que a participação das crianças foi voluntária. As aulas do Núcleo acabaram na semana passada, ainda assim mais da metade fez questão de estar aqui”, conta Ana Paulin, coordenadora do Núcleo Federação. Pela primeira vez as crianças puderam tocar em um hospital. Ítalo Santos, 11 anos, achou a experiência divertida e emocionante. “Achei que os pacientes ficaram felizes”, conta o garoto, que tem vontade de repetir a ação. “Eu achei muito bom. O que me motivou a vir hoje foi a vontade de mostrar o que é a música para as pessoas que não têm acesso”, revela Uriel Oliveira, 12 anos. Vilma Neves, 53 anos, e Aderlina Santana, 68 anos, ambas pacientes do Hospital, apreciaram muito a ação. Aderlina só conhecia orquestra “com adultos”. “Gostei muito deles terem vindo tocar para a gente”, afirma. “Achei ótimo. Nunca tinha visto uma orquestra antes e achei maravilhoso”, conta Vilma. Que acrescentou: “voltem sempre!”. O repertório foi formado pelas peças trabalhadas em aula durante o ano, como Boogie Oogie, de Mark O’Connor, Carnavalito, de Carlos Vives, Berimbau, de Baden Powell, Aquarela, de Toquinho (arranjo de Jamberê Cerqueira), Asa Branca, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, Além do Arco-Íris, de Harold Arlem (arranjo de Bob Cerulli) e Poutporri Natalino. Ao final, a plateia formada por funcionários e pacientes pediu bis. “Não sei dizer em que proporção a música influencia no tratamento deles, mas eu acredito que qualquer pessoa que assiste a essa apresentação se contagia com essa alegria. A apresentação foi maravilhosa. É um sopro de vida para a gente que está aqui dentro do hospital, no dia-a-dia. Tira esse clima pesado”, afirma Crisllany Amaral, estagiária de psicologia. Ana Paulin acredita que esse tipo de ação não deve acontecer apenas no período natalino, mas o ano inteiro. “O ideal é que as práticas sociais façam parte do dia-a-dia das crianças, pois aí está a mudança real do cidadão: na procura do bem, não somente dele, mas do próximo”, afirma.

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