Na tarde do último domingo (11), a Orquestra Juvenil da Bahia e os Coros Juvenil e Sinfônico do NEOJIBA lotaram o Santuário Nossa Senhora de Fátima (Colégio Antônio Vieira). A nona Sinfonia, uma das mais importantes da história, encerrou o Ciclo Beethoven nas Igrejas. “Beethoven levou de 1800 a 1812 para escrever as oito primeiras sinfonias e levou mais 12 anos até lançar a nona sinfonia, em 1824. Pela primeira vez um compositor da nossa história usou um texto para uma sinfonia”, conta Ricardo Castro, maestro e fundador do NEOJIBA. A obra-prima do compositor alemão foi a primeira sinfonia a incluir coro e solistas vocais, na musicalização de ‘Ode à Alegria', do poeta alemão Schiller. O concerto teve participação de Camille Allerat (soprano), Myriam Bouhzada (mezzosoprano), Marin Yonchev (tenor) e Anthony Rivera (baixo). Os cantores da Escola Superior de Música de Genebra atuaram como solistas. “As obras que foram executadas durante o Ciclo Beethoven construíram a nossa humanidade e a Sinfonia nº9 foi o maior exemplo de generosidade humana: alguém que nos oferece algo que ele próprio não poderia se beneficiar”, comenta Ricardo sobre o fato de Beethoven já estar completamente surdo quando compôs a obra. O padre Eduardo Henriques, responsável pelo Santuário Nossa Senhora de Fátima agradeceu aos músicos e coralistas emocionado. “É um presente enorme nós acolhermos por dois meses seguidos este concerto que antecede o grande concerto do NEOJIBA no Teatro Castro Alves. No mês passado me perguntaram timidamente “será que dá para ser de novo nessa Igreja?” e eu falei: "Quando quiserem!", afirmou o padre sobre o retorno do Ciclo Beethoven ao templo. "O dia não podia ser melhor, na Igreja Católica hoje é o terceiro domingo do Advento, esse período de quatro semanas que antecede o Natal. E o nome desse dia é o domingo da alegria”, revelou.