Na noite de ontem (11), o Coro Juvenil do NEOJIBA levou o público a uma Viagem Pelas Américas no concerto didático realizado no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador. Às 18h30 o grupo começou sua viagem saindo do nordeste do Brasil e passando por diversos países como Venezuela, Colômbia, México, Argentina e Estados Unidos. Algumas das músicas cantadas foram Suíte Nordestina, de Ronaldo Miranda, Canción de Luna, de F. Hermida, Besame Morenita, de Alvaro Dalmar (com arranjo de G. Yepes), El último café, de Stamponi-Castillo e West SideStory (Medley), de Leonard Bernstein. A história utilizada na montagem foi escrita por Maria José Matos, 55, membro do Coro Sinfônico do NEOJIBA. Maria é pedagoga, escritora e contadora de histórias. A partir de um pedido de Yuli Martinez, coordenadora de canto coral, ela criou a história do Coro Viajante em Busca da Relíquia Perdida. Nela, o jovem casal Toni e Maria recebem um livro e partem em busca de um tesouro. São as vozes do coro que guiam os jovens pelos diversos países durante a busca. Para escrever, Maria conta que fez uma pesquisa sobre cada país, os aspectos relevantes da cultura e pontos turísticos. Ao final da apresentação, Maria estava se “segurando para não chorar”. “É muito emocionante. A gente olha para esses meninos e tem a certeza de que o Brasil dá certo”, afirmou emocionada. Débora Santos e Iuri Nery foram os protagonistas da montagem. A direção de movimento no palco foi feita por Rita Brandi, do Ballet Teatro Castro Alves. “Ao fazer movimentação para um coral, tem que ter muito cuidado para não exagerar e afetar a parte principal, que é a música. À princípio os meninos estranharam, ficaram com medo da dança, mas na primeira aula quebramos isso”, contou Rita. Além do auxílio de Rita, o Coro contou com a ajuda de Claudia Ferreira, que atua como regente, pianista e, ao lado de Andréa Alves, preparadora vocal do grupo. Durante o concerto, além das funções habituais, Claudia foi a narradora da história. Sobre os ensaios, ela afirma que os integrantes se dedicaram bastante. “É sempre um momento de muita euforia a preparação para um concerto e eles se preocuparam para que tudo saísse bonito. Além de se doarem bastante na parte teatral”, revelou. Durante a apresentação, o Coro se dividiu entre músicas com grupos de câmara, com menos integrantes, e o coro completo. Outro destaque no concerto foi o uso de boomwhackers, tubos coloridos de tamanhos variados que soam notas diferentes de acordo com o comprimento. Além da participação de Cláudia Ferreira no teclado, Hilton Xavier e Elias Lins, da Orquestra de Cordas Dedilhadas, também acompanharam o coro. “A experiência foi enriquecedora. É uma das poucas vezes que acompanho o Coro e é uma experiência diferente. Temos que pensar o instrumento de outra maneira, como fazer soar, como fazer o arranjo, que nota vai combinar melhor, porque o instrumento não vai ressair tanto quanto as vozes”, explicou Elias. Ao final da apresentação, o grupo retornou ao Brasil. Como bis, cantaram a música Sabiá, Coração de uma Viola, de Aylton Escobar. E assim se encerrou a viagem pelas américas.