Orquestra de Cordas Dedilhadas lota igreja em concerto comemorativo

  • 02 ago, 2016
Às 17h da tarde do último domingo (31), os cinquenta músicos da Orquestra de Cordas Dedilhadas subiram ao palco da Igreja de São Francisco, no Pelourinho. A apresentação comemorou o aniversário de um ano do Núcleo Cordas Dedilhadas do NEOJIBA e lotou a Igreja. Alguns espectadores precisaram assistir de pé. No palco, integrantes que estão na Orquestra desde a sua criação e também novos membros, que ingressaram em abril de 2016. O grupo iniciou o concerto com Pescaria, de Dorival Caymmi com arranjo de Vladimir Bomfim, coordenador do Núcleo e regente da formação. O clima era de muita expectativa, principalmente para quem está no Núcleo há apenas três meses. “É a primeira vez que toco para o NEOJIBA e para a vida. Nunca me apresentei em público!”, contou Ticiana Figueirêdo, 26, que participou da última audição pública da Orquestra. Minutos antes de subir ao palco, o nervosismo da integrante recente transparecia. “É uma pressão porque há muitos músicos que já são fera, tocam tudo e eu ainda estou começando”, revelou ela. Enquanto os músicos se preparavam nos bastidores, a professora Grace Gondim, 54, se tornou voluntária por acaso. Ela é mãe de João Pedro, 13, integrante da Orquestra desde o início em 2015. Quando Vladimir pediu sua ajuda, ela prontamente se disponibilizou. Um a um, abordava as pessoas que esperavam para assistir ao concerto e entregava o questionário aplicado pelo NEOJIBA. Grace sempre acompanha o filho em todas as apresentações. “Acho o trabalho do maestro muito sério. Meu filho tem quatro tardes intensas de música toda semana. Isso é muito gratificante, porque eu vejo bastante evolução”, afirmou a professora. A apresentação contou ainda com solo de clarineta. Indira Dourado, clarinetista da Orquestra Juvenil da Bahia, participou em duas composições: Chorando Baixinho, de Abel Ferreira arranjada por José Carlos Filho, e Bachianas Brasileiras, de Heitor Villa-Lobos, com arranjo de Jamberê Cerqueira.  “Foi um aprendizado enorme. A orquestra é muito nova e Bachianas é uma música difícil de tocar acompanhando. A gente conseguiu evoluir muito juntos em uma semana. O clima do grupo também ajudou. Eles são muito receptivos, disciplinados, atentos. Foi uma experiência marcante e pretendo repetir”, afirmou Indira. O repertório também contou com Assum Preto, de Luiz Gonzaga com arranjo de Vladimir Bomfim. No bis, uma surpresa: Taiane, de Osmar Macêdo, da famosa dupla Dodô e Osmar, com arranjo de José Carlos Filho e Vladimir Bomfim, tocada na guitarra baiana. Este final de apresentação teve uma emoção especial para uma pessoa da plateia, o músico Aroldo Macêdo, que é filho de Osmar e um dos principais responsáveis pela difusão do instrumento criado pelo pai. [video width="854" height="480" mp4="http://neojiba.org/wp-content/uploads/2016/08/aroldo-macedo-sobre-Orquestra-de-Cordas-Dedilhadas_cut.mp4"][/video] Ao final do concerto, a expressão de Vladimir Bomfim era a tradução do dever cumprido. Para ele, o resultado do primeiro ano de trabalho foi o melhor possível. “Tivemos um ano muito produtivo e agora vamos entrar numa fase diferente. Quando nos tornamos o Núcleo Cordas Dedilhadas, assumimos o desafio de aumentar a orquestra. Além de ampliar, queremos começar a multiplicar, ensinando bandolim, por exemplo”, explicou o coordenador do Núcleo que funciona no Colégio Central, no turno vespertino. A expectativa de Vladimir é realizar novas audições no final de agosto e abrir vagas para novos instrumentos. A divulgação das vagas será feita pelas redes sociais do NEOJIBA. Fique atento!

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