Neojiba implanta novo programa de formação de multiplicadores

  • 01 jun, 2016
Experiência piloto foi desenvolvida durante o primeiro semestre de 2016
Nos próximos dias 06 e 07 de Junho, um grupo de 40 monitores aprendizes participa das últimas oficinas do PROMS (Programa de Orquestra e Coral com Monitoria Supervisionada); uma iniciativa do setor pedagógico do NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), que implanta a partir de 2016 uma nova proposta de formação para os músicos multiplicadores do programa. “Todas as oficinas do PROMS estão voltadas para o ensino coletivo da música. Nossos monitores precisam ser versáteis e ter a capacidade de trabalhar com um grupo grande de pessoas e uma diversidade de instrumentos. A pedagogia é um caminho para a vida inteira. O PROMS oferece algumas ferramentas e busca ampliar a visão dos músicos. Nossa expectativa é que eles queiram sempre mais”, explica Fabien Lerat, gerente pedagógico do NEOJIBA. As últimas oficinas da primeira edição do PROMS, que serão realizadas dias 06 e 07 de Junho nas dependências do Teatro Castro Alves, oferecem formação em regência e também tratam do tema desenvolvimento social. “O NEOJIBA atua numa perspectiva de olhar integral e multidisciplinar do sujeito. Diversos saberes se articulam em rede e se complementam em prol do bem estar dos nossos integrantes”, explica Tansir Omoni, assistente de coordenação da área de Desenvolvimento Social do programa e uma das responsáveis por ministrar a oficina sobre o tema. O PROMS também oferece oficinas de Composição e Arranjo, Metodologia em Educação Musical, além de treinamento em Solfejo. Cada oficina tem uma hora e meia de duração e é realizada durante os recessos da Orquestra Juvenil da Bahia. “Para definir a grade de oficinas do PROMS, pensamos no perfil de monitor que o NEOJIBA precisa e quais ferramentas podemos ofertar para que nossos músicos alcancem este perfil”, relata Fabien. O novo sistema de formação também prevê um Estágio de Observação, no qual um monitor assiste à aula do outro e produz um relatório com suas opiniões a respeito da metodologia utilizada pelo colega. “Ao colocar um monitor para observar o outro, estimulamos o desenvolvimento do senso crítico do músico. A partir do momento que ele começa a observar, inicia a criação do seu próprio jeito de ensinar”, assinala o gerente pedagógico. Em fevereiro de 2016, o programa NEOJIBA lançou um edital interno para selecionar, entre os integrantes da Orquestra Juvenil da Bahia, da Orquestra Castro Alves e do Coro Juvenil, quais atuariam como multiplicadores do programa ao longo do ano. “O monitor está à frente das atividades. Ter uma excelente monitoria significa estarmos preparados para cumprir a missão do NEOJIBA”, acredita Fabien. “Eu acredito que o NEOJIBA está fazendo uma coisa mágica! Eu fico pensando quantas vidas a gente mudou. Só de ensinar a uma criança e ela estar ali na sala de aula e não na rua, à deriva. Eu sinto que eu faço a minha parte no mundo. E me sinto bem por fazer minha parte ativa e tentar ajudar”, conta Erica Smetack, 18 anos, oboísta da Orquestra Juvenil da Bahia. A jovem entrou no NEOJIBA aos 10 anos e há 03 anos atua como monitora. Erica dá aulas no Núcleo SESI e na Orquestra Pedagógica Experimental (OPE) – formação musical para crianças – do programa. A musicista avalia que o PROMS oferece o suporte necessário, para que ela possa desenvolver sua monitoria com mais qualidade. “Antes, eu sentia que eu estava multiplicando os meus conhecimentos com base no que eu vivi”, relata. “Agora, estou aprendendo muito com os meus colegas. Eu dou prioridade a assistir as aulas em conjunto, para ver como é que eles lidam [com muitos alunos]. O que eu mais aprendi no PROMS foi observar como lidar com situações que eu não vivencio, porque em geral tenho poucos alunos e dou muitas aulas individuais em função do meu instrumento”, ressalta Erica.

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