Com Heroica e Scheherazade, Juvenil da Bahia chega ao terceiro concerto do Ciclo Beethoven
Sob regência do maestro egípcio Ahmed Farag, a principal formação do programa NEOJIBA atraiu espectadores de todas as idades para o TCA
Na noite da última quarta-feira, 4, a Orquestra Juvenil da Bahia executou a Sinfonia Nº 3 de Beethoven, a Heroica, e Scheherazade, de Nikolai Rimsky-Korsakov, no Teatro Castro Alves (TCA). A apresentação faz parte do Ciclo Beethoven – série de concertos da principal formação musical do programa NEOJIBA, durante todo o ano, com as nove sinfonias do compositor alemão. Sob a regência do egípcio Ahmed Farag, a Juvenil da Bahia atraiu espectadores de todas as idades.
Vânia Christ, 19, é estudante de teatro e foi pela primeira vez assistir a uma das orquestras do NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia). “Eu gosto muito de música erudita, apesar de não saber tocar nada. Acho muito interessante que eu, mesmo sem fazer parte desse universo, esteja aqui para prestigiar”, contou a estudante, que conheceu o programa através de uma amiga.
Já Paulo Sérgio Batista, 59, é frequentador assíduo. Há mais de um ano ele acompanha as apresentações. “Eu gosto de música de concerto. Tive quatro anos de educação musical na época da escola e sou filho de músico”, relata o corretor de imóveis, que também esteve no concerto de domingo, na Igreja de São Francisco.
Além dos amantes de música, os familiares dos membros da orquestra também marcaram presença na plateia. Bárbara Maria, 26, que estava acompanhada da mãe, foi prestigiar o irmão. Elas estiveram nas duas primeiras apresentações do Ciclo Beethoven no TCA. “Eu acho fantástico. Eles acabam trazendo para gente, leigos, música de concerto de boa qualidade”, explica. Para ela, o valor do ingresso é um ponto relevante: “O preço acessível também é muito bom pra gente que é estudante”, afirma.
Após o intervalo, a Orquestra Juvenil da Bahia executou a composição Scheherazade, inspirada na história ‘As Mil e uma Noites’. Entre os destaques na obra do russo Nicolai Rimsky-Korsakov estavam os solos, inclusive o de oboé, que ficou a cargo de Sandra Romero. “Foi um desafio gigante, mas vale à pena porque a gente desfruta muito fazendo música com os colegas. Sempre tem uma conexão com todos. A música sempre dá uma vitalidade, uma energia a todos”, relatou a oboísta, que faz parte da Juvenil da Bahia há quatro anos.