Orquestra promove concerto com participação de pais e crianças

  • 16 dez, 2015
Ontem (dia 15), familiares, parceiros e amigos da Orquestra Pedagógica Experimental (OPE) lotaram o Teatro Solar Boa Vista, para prestigiar a apresentação que marcou o encerramento das atividades do ano de 2015 desta formação musical do NEOJIBA. O grupo reúne 65 crianças, de 07 a 14 anos, que já tem algum nível de vivência e prática instrumental. Raysson Lima Vieira Gomes Conceição, 12 anos, integra a percussão da orquestra há dois anos. “O concerto foi uma maravilha! Foi um dos melhores encerramentos que eu já vivi na OPE”. Para o instrumentista, o principal diferencial desta apresentação foi o repertório. “Foi muito legal! Teve músicas mais difíceis para a gente aprender”. Raysson apontou William Tell, do italiano Gioachino Rossini, como a obra mais desafiadora para o grupo. “A mais legal foi Chamambo (de Manuel Artes), que eu adorei tocar”, acrescenta. As apresentações públicas gratuitas, realizadas periodicamente pelo NEOJIBA, viabilizam a difusão e o acesso à música. Os concertos também despertam nas crianças o desejo de aprender a tocar um instrumento e ter uma formação musical. “Eu disse a minha mãe que eu queria entrar numa orquestra do NEOJIBA. Fiquei muito impressionado depois que assisti os concertos. Minha mãe viu um cartaz de divulgação de uma audição, participei, entrei e estou aqui até hoje”, conta Raysson. Os pais também são fisgados pela música e envolvidos nas ações educativas e culturais do NEOJIBA. Foi o que ocorreu no último concerto do ano realizado pela OPE. Um grupo de mães e pais de músicos cantaram junto aos integrantes da orquestra nas duas músicas finais. “A ideia de formar um coral dos pais da OPE surgiu no início do ano, mas não conseguimos concretizar por falta de espaço. Esperamos poder realizar esse projeto em 2016!” anuncia Ana Paulin, coordenadora da OPE. Durante uma atividade de lazer e socialização no Parque do Queimado, fizeram uma primeira experiência. “Brincamos e cantamos um pouquinho. Foi legal”, conta Hosana Carla, 38 anos, mãe de Hanna Carla, menina que integra a OPE há seis meses. Hosana conta que chegou até o NEOJIBA a partir de um grupo de mães moradoras do bairro São Cristóvão, em Salvador. “Somos sete mães corujas com filhos no NEOJIBA. Um deles participou inclusive da I Turnê da OCA – Orquestra Castro Alves”, conta Hosana que fez parte do Coro composto por mães, pais e filhos, que se apresentou no Concerto Didático da OPE. Sueli Ribeiro, uma das mães integrantes do Coro, relata como foi que este grupo de pais se mobilizou para participar dessa iniciativa de formação musical em Salvador: “o interesse pela música surgiu da parte de minha filha, que começou a aprender a tocar piano. Esta situação familiar me motivou a levar essa experiência para a minha escola. Começamos inicialmente a oferecer aulas de flauta, porque as crianças eram muito pequenas. A resposta das crianças e dos pais por esta atividade foi muito positiva. Em 2014, abriu a audição na OPE. Nós trouxemos as crianças e três conseguiram ingressar. Agora já são sete crianças do bairro no programa”, relata a mãe. Criada em 2010, a OPE é o grupo mirim do Núcleo de Gestão e Formação Profissional (NGF) do NEOJIBA. Priscila Gabrielle, jovem violinista da Orquestra Juvenil da Bahia, é regente desta orquestra infantil há quatro anos. A OPE conta também com uma coordenação, inspetoria, psicóloga e uma equipe de monitores e montadores. As crianças que integram esta formação ensaiam quatro dias na semana, das 14h às 17h, na sede da UCSAL, no bairro da Lapa, sob a orientação dos multiplicadores do programa. Neste espaço, elas têm aulas de teoria, de prática instrumental e canto coral. Elas também participam de um projeto piloto dentro do programa, que busca promover o autoconhecimento dos instrumentistas mirins e uma aproximação destes com os mais diversos setores e profissionais atuantes no NEOJIBA. [gallery size="medium" ids="5512,5511,5510,5509,5513,5508"]

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