Monitores do NEOJIBA multiplicam conhecimentos durante as Caravanas Pedagógicas

  • 15 out, 2015
As Caravanas Pedagógicas, uma das principais ações realizadas pela Rede de Projetos Orquestrais da Bahia, têm como atividade central o trabalho de monitoria realizado pelos músicos do programa NEOJIBA junto aos projetos parceiros. As dicas, orientações técnicas e ensaios têm um papel central na agenda de atividades propostas para os encontros promovidos em diversos municípios sediados no interior do Estado. Para os músicos que estão nestes territórios, as caravanas são uma oportunidade de aprendizado com quem possui um pouco mais de bagagem. Para os monitores, a iniciativa proporciona o desenvolvimento de competências diversas, a partir do contato com outras realidades. ‘Aprende quem ensina’, conceito guia da metodologia do NEOJIBA, sintetiza a troca de conhecimentos vivida em cada viagem por monitores como Helder Passinho e Indira Dourado. Helder, que participou da primeira Caravana Pedagógica realizada em 2009, acompanhou algumas mudanças significativas ao longo desses seis anos de trabalho. “No interior da Bahia, a oferta de profissionais com bagagem e metodologia de ensino musical é escassa. As bandas e filarmônicas normalmente aprendem na base da vontade mesmo”, relatou Helder. “Nas Caravanas, tentamos passar o máximo de conhecimento. O objetivo é promover o aprimoramento individual de cada um dos músicos participantes e criar condições para que eles ajudem uns aos outros e compartilhem entre si o que absorveram durante os encontros”, afirmou. Os fins de semana repletos de atividades também representam um desafio pessoal para os monitores. “Cada projeto e cada município aonde vamos tem uma realidade diferente. Cada músico tem dúvidas e carências específicas. Isto nos estimula a pensar novas abordagens adequadas para cada uma dessas realidades. É esse exercício que nos faz crescer e aprender”, disse Helder. Espelho – Identificar as características e demandas de projetos pouco estruturados, sediados em municípios distantes dos grandes centros urbanos, não é uma tarefa tão simples para um marinheiro de primeira viagem. Contudo, esta é uma realidade que faz parte da história de vida de muitos dos multiplicadores do NEOJIBA, como é o caso da coordenadora e monitora do naipe de madeiras da Rede de Projetos Orquestrais da Bahia, Indira Dourado. “Essa trajetória de vida nos confere uma sensibilidade especial para trabalhar com esses grupos musicais e apoiá-los”, acredita a instrumentista. Indira, que embarcou para sua primeira Caravana em 2013, durante a formação da Orquestra Regional do Sisal, encontrou nos grupos de cidades como Serrinha e Coité, dificuldades semelhantes àquelas enfrentadas pela filarmônica onde ela aprendeu a tocar o clarinete, em Morro do Chapéu. “Vim de uma filarmônica do interior e por isso me identifiquei imediatamente com todo o trabalho. O que mais me chama atenção é a paixão com a qual eles encaram as atividades propostas e a sede de aprender. Estes ingredientes nos motivam”, comentou Indira. “É muito bonito acompanhar o crescimento de todos eles, observar que alguns assumem responsabilidades em seus projetos, outros se aliam ao NEOJIBA. Nós também estamos crescendo muito, profissionalmente e pessoalmente, com essas experiências e vivências no interior do Estado”, concluiu.

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