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Diretor de filarmônicas na região de Irecê, maestro busca desenvolvimento com o apoio do NEOJIBA

  • 13 out, 2015
Aos 30 anos de idade, quando começou a aprender o sax alto, na banda sinfônica do município de Ibipeba, 515 km de Salvador, o músico Armando Gerry de Andrade jamais imaginaria que o crescimento das filarmônicas da região, um dia estaria ligado diretamente a ele. Hoje aos 46 anos, o Maestro Gerry, como é conhecido, coordena quatro filarmônicas do território de identidade de Irecê, e através da parceria com a Rede de Projetos Orquestrais da Bahia, tem impulsionado o desenvolvimento artístico e de gestão dos projetos que articula. “Meu trabalho com as filarmônicas começou em 2008, quando assumi a regência do grupo de Ibipeba, na época tive que deixar tudo de lado para me profissionalizar e conseguir desenvolver bem o trabalho lá”, relembrou Gerry. “No ano seguinte, fundei duas outras filarmônicas na região, primeiro em João Dourado e outra em Central”, comentou. A atração de apoio para fundar as filarmônicas, segundo Gerry, foi articulada, batendo nas portas dos prefeitos dos municípios. “O poder público acaba sendo nosso principal apoiador, então eu sentava no computador montava o projeto e apresentava aos prefeitos, através disso, firmávamos uma parceria e o trabalho começava a andar”, contou Gerry, que em 2014 montou uma nova filarmônica na cidade de São Gabriel e em 2015 fundou a filarmônica de Uibaí. Atualmente Gerry é responsável pela Filarmônica 12 de Agosto, no município de Central; Filarmônica 19 de Setembro, em Ibipeba; Projeto Ireceense de Música, de Irecê; Filarmônica 9 de Maio Joãodouradense, na cidade de João Dourado; e Filarmônica 25 de Fevereiro, em São Gabriel. De acordo com o maestro, a estrutura dos projetos é similar, além das bandas, cada filarmônica conta com uma escolinha de música que inicia musicalmente, meninos e meninas a partir dos cinco anos de idade. Depois do primeiro contato com a flauta e a familiarização com os elementos musicais os jovens ingressam nas bandas filarmônicas e tão logo, já integram as formações sobre o palco apresentando o repertório que vai dos tradicionais dobrados à música popular. “No geral, nós atendemos mais de 200 pessoas com essas filarmônicas, a maior parte são jovens entre 5 e 17 anos, mas buscamos não limitar essa faixa etária e acabamos trazendo também pessoas entre 18 e 45 anos”, afirmou Gerry. As apresentações em eventos ligados ao poder público são mais frequentes, contudo, em prol da sustentabilidade dos projetos, os músicos também se apresentam em eventos particulares que vão de casamentos à formaturas. “Em setembro, por exemplo, entre os dias 04 e 26, participei de 16 apresentações com os grupos, e esse fluxo é muito importante para motivar os meninos”, afirmou. Meta – Desde 2013, o maestro Gerry promove intercâmbios entre os projetos que coordena através dos Encontros de Filarmônicas, contudo, o regente também tem buscado formar da Orquestra Sinfônica de Irecê, unindo integrantes dos demais grupos. “Eu já consegui adquirir grande parte dos instrumentos com recursos próprios, agora estamos negociando uma parceria com o poder público e acredito que em breve esse sonho vai se tornar realidade”, indicou Gerry. Parceria – Apesar do amparo do poder público que facilita recursos vitais pra a subsistência dos projetos a maior dificuldade que o maestro encontra no desempenho dos trabalhos com as filarmônicas é no aspecto pedagógico. “Todos os projetos acabam ficando muito dependentes da minha disponibilidade, pois sou o único professor. Foi em função dessa carência que comecei os contatos com o NEOJIBA, no ano passado, e esse ano os resultados já se tornaram evidentes”, disse. Desde que se tornou membro da Rede de Projetos Orquestrais da Bahia, Gerry já visitou Salvador em diversas oportunidades, participando de capacitações promovidas pelo NEOJIBA. “Participei de um curso de regência, jornadas pedagógicas e de dois cursos de gestão e elaboração de projetos”, citou, o maestro. “Essas qualificações que o NEOJIBA tem me proporcionado, refletem diretamente no crescimento dos projetos que coordeno no interior. Sempre tenho resultados muito positivos e espero que essa relação se fortaleça cada vez mais”, afirmou.

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