Dezenas de alunos das escolas públicas, situadas no bairro George Américo, em Feira de Santana, assistiram, nessa quarta-feira (08), às apresentações da Orquestra Juvenil de Feira de Santana e do Quarteto de Cordas Carybé, no salão da igreja Shalon Adonai, na localidade. O evento marcou a apresentação do novo calendário do Núcleo de Prática Orquestral e Coral do Neojiba (NPO-Feira) e anunciou a abertura das inscrições para as classes de musicalização, com disponibilidade de vagas para 80 crianças da localidade.

O prazo de inscrição começa na próxima segunda-feira (13) e vai até o dia 17 deste mês. Em agosto começam as aulas, ministradas por bolsistas integrantes da Orquestra Juvenil, que foram qualificados por meio de encontros com professores em Salvador e em Feira de Santana.

Integração social - As aulas de musicalização fazem parte do projeto NEOJIBA nos Bairros, coordenado pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), que promove ações de integração social ,nas áreas onde estão implantadas as Bases Comunitária de Segurança (BCS), equipamentos do programa Pacto Pela Vida. Presente ao evento, o capitão da Polícia Militar Ermillio Lima, que coordena as atividades da BCS nas escolas, conta que foi feita uma mobilização nas escolas do bairro e mais de 200 alunos manifestaram interesse em se participar. “O Neojiba representa ganho na qualidade de vida desta comunidade. Pensar em música é pensar em melhoria e no crescimento dessas crianças, privilegiadas com a ação do NPO aqui, que terão um futuro muito melhor e mais promissor”, salienta.

Animado com o resultado do trabalho e com a perspectiva de ampliação da ação, o coordenador do NPO Feira de Santana, Gileardi Teixeira, coordenador do NPO de Feira de Santana afirma que os alunos “tiveram um acréscimo muito grande tanto na técnica do instrumento quanto no trabalho em equipe, a partir do momento em que passaram a entender a coletividade”.

Alunos professores - Apta para ensinar música aos novos alunos, Girlei de Oliveira, clarinetista da Orquestra Juvenil de Feira de Santana, garante haver aprendido muito em um ano como integrante do NPO. “Aprendi não só a técnica para tocar o instrumento, mas também, a ser mais disciplinada, a estudar mais para tocar bem as peças que são mais complicadas e que exigem dedicação”. Segundo a clarinetista, o fazer musical interfere profundamente na forma de agir do músico. “A gente aprende a compreender as dificuldades dos outros, a acolher, ajudar e isso a gente leva para o ambiente familiar e para a comunidade onde moramos”, complementa.

Provável futura instrumentista, Gisele Souza, 14 anos, assistiu com atenção ao concerto, manifestou a intenção de se inscrever, “gostei daquele instrumento pequenino ali” disse referindo-se ao violino. Ela quer aprender e trabalhar com a música, assim, a vida vai ficar mais tranquila e menos violenta” concluiu.

ASCOM/SJDHDS