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Aprende quem ensina: Apadrinhe promove mais de 1.300 encontros entre integrantes do NEOJIBA

  • 16 dez, 2020

Num ano marcado pela pandemia e pelo distanciamento social, foi preciso inovar para manter vivo o lema do NEOJIBA- programa social do Governo da Bahia-, "Aprende quem ensina". As trocas migraram das salas e corredores dos núcleos para as casas dos integrantes, por meio do Apadrinhe. Desde junho, quando foi implementado, o projeto registrou mais de 1.300 ações envolvendo 150 padrinhos e madrinhas e mais de 170 afilhados. 

Todas as semanas, eles se encontraram para estudar juntos. O grupo de padrinhos foi formado por integrantes das principais orquestras do programa, jovens líderes de núcleos de Salvador e do interior da Bahia e multiplicadores territoriais de Feira de Santana, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista. "A ideia não era que eles ensinassem, como fazem os instrutores e monitores, mas que tivessem um momento para compartilhar, estudar juntos. Todos ganhamos muito nesse processo. Foi um presente", conta a instrutora Doris Barbosa, que coordenou o Apadrinhe. 

Em Teixeira de Freitas, os encontros entre o padrinho Nycollas Silva, 15, e o seu afilhado, Emanuel Teixeira, 11, aconteciam nas segundas, terças e quintas, às 15h. Eles tocavam violinos juntos, estudando escalas. "Mesmo sendo online, eu senti muita diferença no jeito que eu toco agora", conta Emanuel, que também se sente muito mais próximo a Nycollas do que na época em que se viam pessoalmente no núcleo. A experiência também foi marcante para o padrinho, que quer continuar ensinando no futuro. "Foi um momento de muito aprendizado tanto para mim quanto pra ele. Ganhei experiência, e isso vai me ajudar muito quando me tornar um professor.  Tivemos momentos de conversa, de preocupação, de erros, mas com esses acontecimentos conseguimos melhorar a cada dia. O Apadrinhe foi uma experiência que vou levar para a vida". 

Em Salvador, os irmãos Yasmin, 9, e Cleyton Sampaio, 10, esperavam ansiosos pelo encontro com a dinda Maria Calú Reis às sextas-feiras. "Ela é engraçada, divertida. Trouxe a brincadeira para o aprendizado e o aprendizado para a brincadeira", conta Cleyton, com jeito de gente grande. Integrante do Coro Infantojuvenil, Maria também se sente grata pela experiência. "Ver o desenvolvimento deles, criando capacidade maior de execução do canto, foi muito bonito. Além desse apoio na música, que faz toda a diferença, o Apadrinhe faz com que as crianças tenham um lugar de apoio, de amizade e de conforto. Quando chegava o dia do encontro, eu ficava muito feliz. Era um suspiro de vida durante a semana. Para minha construção musical também foi muito importante.  Eu aquecia eles e já me aquecia, além de rever questões de teoria musical. Foi algo que me enriqueceu muito. Só tenho a agradecer. Fiquei ainda mais apaixonada pelo NEOJIBA". 

Para dar suporte pedagógico às ações, os padrinhos e madrinhas participaram de encontros mensais de formação com os instrutores do NEOJIBA.  A reunião de encerramento aconteceu na última sexta (11). Foi um momento de compartilhar memórias e aprendizados. "A gente teve muitas dificuldades, mas também muitas alegrias. Foram momentos incríveis, que a gente não esperava passar nessa pandemia. O Apadrinhe melhorou muito as nossas vidas", contou a madrinha Ana Cecília. O padrinho Álvaro Rabelo resumiu o sentido da experiência. "Acho que aprendi mais do que ensinei".

Sobre o NEOJIBA 
 

Criado em 2007, o NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) promove o desenvolvimento e integração social prioritariamente de crianças, adolescentes e jovens em situações de vulnerabilidade, por meio do ensino e da prática musical coletivos. O programa é mantido pelo Governo do Estado da Bahia, vinculado à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social e gerido pelo Instituto de Desenvolvimento Social Pela Música. Em 13 anos de atuação, o NEOJIBA atendeu, direta e indiretamente, mais de 10 mil crianças e jovens entre 6 e 29 anos.  


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