NEOJIBA van BEETHOVEN
Bem-vindas e bem-vindos ao ano Beethoven do NEOJIBA!
Desde 2007, quando o programa NEOJIBA foi implantado na Bahia pelo Governo do Estado, estrear nossas temporadas de concertos tem sido uma grande aventura. Cada ano renovamos nossos grupos musicais e ampliamos nossas ações, criando mais oportunidades de desenvolvimento e integração social através da prática musical coletiva e de excelência.
Não descansamos um minuto sequer e os resultados extraordinários estão aí para todos verem. O programa NEOJIBA transformou a vida musical desse estado, mudou a maneira de se fazer gestão de políticas públicas na área, incentivou a criação de dezenas de projetos similares no país e levou pela primeira vez o nome da Bahia para muitas das melhores salas de concerto do mundo que ficarm lotadas com seus exigentes públicos aplaudindo de pé! Uma verdadeira revolução, ainda em curso, e que em 2020 promete ser ainda mais impactante ao nos unirmos ao Ludwig van Beethoven, compositor que revolucionou nossa arte para sempre, trazendo o humano e suas capacidades extraordinárias para o centro do discurso musical.
Serão sete concertos excepcionais no Teatro Castro Alves e mais de 30 eventos no Parque do Queimado e Igrejas de Salvador, todos dedicados a festejar os 250 anos desse grande compositor, que em algumas ocasiões dialogará com compositores baianos e europeus. A lista de convidados é excepcional, o repertório é maravilhoso. A Bahia entra finalmente pela porta da frente no calendário dos eventos internacionais e nós contamos com nossa querida plateia para construirmos juntos as “catedrais sonoras” que Beethoven nos legou.
PROGRAMA
Ludwig van Beethoven
Concerto para piano n.º 5 em Mi bemol maior, Op. 73, " Imperador"
Intervalo
Luã Almeida
Soteropolitana
Ludwig van Beethoven
Sinfonia n.º 5 em Dó menor Op. 67
Robert Schumann
Fantasiestucke, op. 73 para violoncelo e piano
I - Zart und mit Ausdruck
II - Lebhaft, leicht
III - Rasch und mit Feuer
Ludwig van Beethoven
Sonata nº 3 em Lá Maior, op. 69 para violoncelo e piano
I - Allegro, ma non tanto
II - Scherzo. Allegro molto - Trio
III - Adagio cantabile - Allegro vivace
Ludwig van Beethoven
Quarteto de cordas em sol maior, Op 18 n° 2
Concerto para piano em sol maior, Op 58 n° 4
(versão para piano e quinteto de cordas)
Ludwig van Beethoven, em português como Luis de Betovêm, foi batizado em 17 de dezembro de 1770, mas nasceu presumivelmente no dia anterior, na cidade de Bonn, Reino da Prússia, atual Renânia do Norte (Alemanha). Sua família era de origem flamenga, cujo sobrenome significava horta de beterrabas e no qual a partícula van não indicava nobreza alguma. Seu avô, Lodewijk van Beethoven — em português "Luís" —, de quem herdou o nome, nasceu na Mechelen, hoje parte da Bélgica, em 1712, e imigrou para Bonn, onde foi maestro de capela do príncipe. Descendia de artistas, pintores e escultores, era músico e foi nomeado regente da Capela Arquiepiscopal na corte da cidade de Colônia (atual Alemanha). Foi do pai, Johann, que Beethoven recebeu suas primeiras lições de música: o objetivo era afirmá-lo como "menino-prodígio" ao piano, dada sua habilidade musical demonstrada desde ainda muito cedo. Por essa razão, a partir dos cinco anos de idade seu pai passou a obrigá-lo a estudar música diariamente, durante muitas horas. No entanto, seu pai terminou consumido pelo álcool. A infância de Ludwig é considerada difícil e infeliz.
Sua mãe, Maria Magdalena Keverich (1746–1787), era filha do chefe de cozinha do príncipe da Renânia, Johann Heinrich Keverich. Casou-se duas vezes. O primeiro marido foi Johann Doge Leym (1733–1765). Tiveram apenas um filho, Johann Peter Anton, que nasceu e morreu em 1764, com poucos meses de vida. Depois da morte do marido, Magdalena, viúva, casou-se com Johann van Beethoven (1740–1792). No total, tiveram sete filhos:
1. Ludwig Maria: nasceu em 1769 e morreu poucos dias depois de seu nascimento;
2. Ludwig van Beethoven (1770–1827);
3. Kaspar Anton Carl van Beethoven (1774–1815);
4. Nicolaus Johann van Beethoven (1776–1848);
5. Anna Maria, que nasceu e morreu em 1779;
6. Franz Georg (1781–1783: morte na infância);
7. Maria Magdalena (1786-1787: morte na infância).
Portanto, Ludwig van Beethoven foi o terceiro filho mais velho por parte de mãe e o segundo por parte de pai. Teve um total de sete irmãos, dos quais cinco morreram ainda na infância. Entre os irmãos vivos, Beethoven foi o penúltimo a morrer: 12 anos após Kaspar e 21 anos antes de Nicolaus.
Conde Waldstein
Ludwig nunca teve estudos muito aprofundados, mas sempre revelou talento excepcional para a música. Com apenas oito anos de idade, foi confiado a Christian Gottlob Neefe (1748-1798), o melhor mestre de cravo da cidade de Colônia na época,[4] que lhe deu uma formação musical sistemática, levando-o a conhecer os grandes mestres alemães da música. Numa carta publicada em 1780, pela mão de seu mestre, afirmava que "seu discípulo, de dez anos, domina todo o repertório de Johann Sebastian Bach", e que o apresentava como um "novo Mozart". Compôs as suas primeiras peças aos onze anos de idade, iniciando a sua carreira de compositor, de onde se destacam alguns Lieder. Os seus progressos foram de tal forma notáveis que, em 1784, já era organista-assistente da Capela Eleitoral, e pouco tempo depois, foi violoncelista na orquestra da corte e professor, assumindo já a chefia da família, devido à doença do pai - alcoolismo. Foi nesse ano que conheceu o jovem Conde Waldstein, a quem mais tarde dedicou algumas das suas obras, pela sua amizade. Este, percebendo o seu grande talento, enviou-o, em 1787, para Viena, a fim de estudar com Joseph Haydn. O Arquiduque da Áustria, Maximiliano, subsidiou então os seus estudos. No entanto, teve que regressar pouco tempo depois, assistindo à morte de sua mãe. A partir daí, Ludwig, com apenas dezessete anos de idade, teve que lutar contra dificuldades financeiras, já que seu pai tinha perdido o emprego, devido ao seu já elevado grau de alcoolismo.
Maximiliano, Arquiduque da Áustria.
Foi o regresso de Viena que o motivou a um curso de literatura. Foi aí que teve o seu primeiro contato com ideais da Revolução Francesa, com o Iluminismo e com um movimento literário romântico: Sturm und Drang - Tempestade e ímpeto/paixão, dos quais um dos seus melhores amigos, Friedrich Schiller, foi, juntamente com Johann Wolfgang von Goethe, dos líderes mais proeminentes deste movimento, que teria enorme influência em todos os setores culturais na Alemanha.
Em 1792, já com 21 anos de idade, mudou-se para Viena (apenas um ano após a morte, na cidade, de Mozart), onde, fora algumas viagens, permaneceu para o resto da vida. Foi imediatamente aceito como aluno por Joseph Haydn, o qual manteve o contato à primeira estadia de Ludwig na cidade. Procura então complementar mais os seus estudos, o que o leva a ter aulas com Antonio Salieri, com Foerster e Albrechtsberger, que era maestro de capela na Catedral de Santo Estêvão. Tornou-se então um pianista virtuoso, cultivando admiradores, muitos dos quais da aristocracia. Começou então a publicar as suas obras (1793-1795). O seu Opus 1 é uma coleção de três trios para piano, violino e violoncelo. Afirmando uma sólida reputação como pianista, compôs suas primeiras obras-primas, as três sonatas para piano Op. 2 (1794-1795). Elas mostravam já a sua forte personalidade.
Beethoven em 1803
Foi em Viena que lhe surgiram os primeiros sintomas da sua grande tragédia. Beethoven foi diagnosticado, por volta de 1796, aos 26 anos de idade, com congestão dos centros auditivos internos (que mais tarde o deixou surdo), o que lhe transtornou bastante o espírito, levando-o a isolar-se e a grandes depressões.
Ó homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo, como vos enganais. Não conheceis as secretas razões que me forçam a parecer deste modo. Meu coração e meu ânimo sentiam-se desde a infância inclinados para o terno sentimento de carinho e sempre estive disposto a realizar generosas acções; porém considerai que, de seis anos a esta parte, vivo sujeito a triste enfermidade, agravada pela ignorância dos médicos.
— Ludwig van Beethoven, no Testamento de Heilingenstadt, a 6 de Outubro de 1802
Consultou vários médicos, inclusive o médico da corte de Viena. Fez curativos, usou cornetas acústicas, realizou balneoterapia, mudou de ares, mas os seus ouvidos permaneciam arrolhados. Desesperado, entrou em profunda crise depressiva e pensou em suicidar-se.
Devo viver como um exilado. Se me acerco de um grupo, sinto-me preso de uma pungente angústia, pelo receio que descubram meu triste estado. E assim vivi este meio ano em que passei no campo. Mas que humilhação quando ao meu lado alguém percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia! Ou escutava o canto de um pastor e eu nada escutava! Esses incidentes levaram-me quase ao desespero e pouco faltou para que, por minhas próprias mãos, eu pusesse fim à minha existência. Só a arte me amparou!
— Ludwig van Beethoven, no Testamento de Heilingenstadt, a 6 de Outubro de 1802
Beethoven, por Joseph Mähler
Embora tenha feito muitas tentativas para se tratar, durante os anos seguintes a doença continuou a progredir e, aos 46 anos de idade (1816), estava praticamente surdo. Porém, ao contrário do que muitos pensam, Ludwig jamais perdeu a audição por completo, muito embora nos seus últimos anos de vida a tivesse perdido, condições que não o impediram de acompanhar uma apresentação musical ou de perceber nuances timbrísticas.
Ao longo dos últimos séculos, especialistas em medicina têm tentado descobrir o que causado a perda de audição de Beethoven. Alguns sugeriram doença de Paget, com base na sua autópsia. Outras possibilidade passavam por otosclerose, marcada pelo crescimento ósseo incomum no ouvido, sífilis terciária, envenenamento por metais pesados, lúpus, febre tifóide e sarcoidose.
No entanto, nenhuma condição sugerida nos últimos 200 anos conseguia explicar perfeitamente todos os sintomas relatados por Beethoven.
Em 2020, um grupo de otorrinolaringologistas, especialistas em doenças do ouvido, nariz e garganta, da Itália, encontraram uma nova pista que pode apontar para a origem da perda auditiva de Beethoven. A perda auditiva de Beethoven pode ter sido causada por envenenamento por chumbo. Não é uma sugestão incomum porque, em 2005, uma análise das amostras de cabelo e crânio de Beethoven mostrou que tinha altos níveis de chumbo no corpo.
O seu verdadeiro gênio só foi realmente revisado com a publicação das suas Op. 7 e Op. 10, entre 1796 e 1798: a sua Quarta Sonata para Piano em Mi Maior, e as suas Quinta em Dó Menor, Sexta em Fá Maior e Sétima em Ré Maior Sonatas para Piano.
O Testamento de Heilingenstadt é um documento escrito por Ludwig van Beethoven, datado de 1802.
Trata-se de uma carta manuscrita, originalmente destinada aos dois irmãos Caspar Anton Carl van Beethoven (1774-1815) e Nicolaus Johann van Beethoven (1776-1848), e que nunca lhes foi enviada – e que ficou guardada numa gaveta da sua secretária em Viena, encontrada só depois da sua morte – , onde reflete, desesperado, a tragédia da sua surdez.
Beethoven encontrava-se, por recomendação médica, a descansar na pequena aldeia de Heilingenstadt, perto de Viena, e aí teve uma profunda crise depressiva, cogitando seriamente o suicídio. Era um pensamento forte e recorrente. O que o fez mudar de ideias? “Foi a arte, e apenas ela, que me reteve. Ah, parecia-me impossível deixar o mundo antes de ter dado tudo o que ainda germinava em mim!”, escreveu na carta. A sinfonia nº 3, «Eroica» – a sua primeira obra monumental – aparece depois da crise fundamental de Heilingenstadt. Se Beethoven se tivesse suicidado não teríamos essa fabulosa obra-prima, nem muitas outras.
Em 2 de Abril de 1800, a sua Sinfonia nº1 em Dó maior, Op. 21 faz a sua estreia em Viena. Porém, no ano seguinte, confessa aos amigos que não está satisfeito com o que tinha composto até então, e que tinha decidido seguir um novo caminho. Em 1802, escreveu o seu testamento, mais tarde revisto como O Testamento de Heilingenstadt, por ter sido escrito na localidade austríaca de Heilingenstadt, então subúrbio de Viena, dirigido aos seus dois irmãos vivos: Kaspar Anton Carl van Beethoven (1774-1815) e Nicolaus Johann van Beethoven (1776-1848).
Finalmente, entre 1802 e 1804, começa a trilhar aquele novo caminho que ambiciona, com a apresentação de Sinfonia nº3 em Mi bemol Maior, Op.55, intitulada de Eróica. Uma obra sem precedentes na história da música sinfônica, considerada o início do período Romântico, na Música Erudita. Os anos seguintes à Eroica foram de extraordinária fertilidade criativa, e viram surgir numerosas obras-primas: a Sonata para Piano nº 21 em Dó maior, Op.53, intitulada de Waldstein, entre 1803 e 1804; a Sonata para Piano nº 23 em Fá menor, Op.57, intitulada de Appassionata, entre 1804 e 1805; o Concerto para Piano nº 4 em Sol Maior, Op.58, em 1806; os Três Quartetos de Cordas, Op.59, intitulados de Razumovsky, em 1806; a Sinfonia nº 4 em Si bemol Maior, Op.60, também em 1806; o Concerto para Violino em Ré Maior, Op.61, entre 1806 e 1807; a Sinfonia nº 5 em Dó Menor, Op.67, entre 1807 e 1808; a Sinfonia nº 6 em Fá maior, Op.68, intitulada de Pastoral, também entre 1807 e 1808; a Ópera Fidelio, Op.72, cuja versão definitiva data de 1814; e o Concerto para Piano nº 5 em Mi bemol Maior, Op.73, intitulado de Imperador, em 1809.
Ludwig escreveu ainda uma Abertura, música destinada a ilustrar uma peça teatral, uma tragédia em cinco actos de Goethe: Egmont. E muito se conta do encontro entre Johann Wolfgang von Goethe e Ludwig van Beethoven.
Uma criatura completamente indomável.
— Johann Wolfgang von Goethe, sobre Ludwig van Beethoven
Beethoven em 1815
Depois de 1812, a surdez progressiva aliada à perda das esperanças matrimoniais e problemas com a custódia do sobrinho levaram-no a uma crise criativa, que faria com que durante esses anos ele escrevesse poucas obras importantes.
Neste espaço de tempo, escreve a Sinfonia nº 7 em Lá Maior, Op.92, entre 1811 e 1812, a Sinfonia nº 8 em Fá Maior, Op.93, em 1812, e o Quarteto em Fá Menor, Op.95, intitulado de Serioso, em 1810.
A partir de 1818, Ludwig, aparentemente recuperado, passou a compor mais lentamente, mas com um vigor renovado. Surgem então algumas de suas maiores obras: a Sonata nº 29 em Si bemol Maior, Op.106, intitulada de Hammerklavier, entre 1817 e 1818; a Sonata nº 30 em Mi Maior, Op.109 (1820); a Sonata nº 31 em Lá bemol Maior, Op.110 (1820-1821); a Sonata nº 32 em Dó Menor, Op.111 (1820-1822); as Variações Diabelli, Op.120 (1819. 1823), a Missa Solemnis, Op.123(1818-1822).
Derradeiros anos
A culminância destes anos foi a Sinfonia nº 9 em Ré Menor, Op.125 (1822-1824), para muitos a sua obra-prima. Pela primeira vez é inserido um coral num movimento de uma sinfonia. O texto é uma adaptação do poema de Friedrich Schiller, "Ode à Alegria", feita pelo próprio Ludwig van Beethoven.
Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até à morte;
Deu força para a vida aos mais humildes
E ao querubim que se ergue diante de Deus!— Parte do verso da Ode à Alegria, de Friedrich Schiller, utilizado por Ludwig van Beethoven.
A obra de Beethoven refletiu em um avivamento cultural. Conforme o historiador Paul Johnson, "Existia uma nova fé e Beethoven era o seu profeta. Não foi por acidente que, aproximadamente na mesma época, as novas casas de espetáculo recebiam fachadas parecidas com as dos templos, exaltando assim o status moral e cultural da sinfonia e da música de câmara."
Os anos finais de Ludwig foram dedicados quase exclusivamente à composição de Quartetos para Cordas. Foi nesse meio que ele produziu algumas de suas mais profundas e visionárias obras, como o Quarteto em Mi bemol Maior, Op.127(1822-1825); o Quarteto em Si bemol Maior, Op.130 (1825-1826); o Quarteto em Dó sustenido Menor, Op.131 (1826); o Quarteto em Lá Menor, Op.132 (1825); a Grande Fuga, Op.133 (1825), que na época criou bastante indignação, pela sua realidade praticamente abstrata; e o Quarteto em Fá Maior, Op.135 (1826).
De 1816 até 1827, ano da sua morte, ainda conseguiu compor cerca de 44 obras musicais. Sua influência na história da música foi imensa. Ao morrer, a 26 de Março de 1827, estava a trabalhar numa nova sinfonia, assim como projectava escrever um Requiem. Ao contrário de Mozart, que foi enterrado anonimamente em uma vala comum (o que era o costume na época), 20.000 cidadãos vienenses enfileiraram-se nas ruas para o funeral de Beethoven, em 29 de março de 1827. Franz Schubert, que morreu no ano seguinte e foi enterrado ao lado de Beethoven, foi um dos portadores da tocha. Depois de uma missa de réquiem na igreja da Santíssima Trindade (Dreifaltigkeitskirche), Beethoven foi enterrado no cemitério Währing, a noroeste de Viena. Seus restos mortais foram exumados para estudo, em 1862, sendo transferidos em 1888 para o Cemitério Central de Viena.
Há controvérsias sobre a causa da morte de Beethoven, sendo citados cirrose alcoólica, sífilis, hepatite infecciosa, envenenamento, sarcoidose e doença de Whipple. Amigos e visitantes, antes e após a sua morte haviam cortado cachos de seus cabelos, alguns dos quais foram preservadas e submetidos a análises adicionais, assim como fragmentos do crânio removido durante a exumação em 1862. Algumas dessas análises têm levado a afirmações controversas de que Beethoven foi acidentalmente levado à morte por envenenamento devido a doses excessivas de chumbo à base de tratamentos administrados sob as instruções do seu médico.
Estúdio de Beethoven em 1827 por J.N. Hoechle.
A sua vida artística poderá ser dividida - o que é tradicionalmente aceite desde o estudo, publicado em 1854, de Wilhelm von Lenz - em três fases: a mudança para Viena, em 1792, quando alcança a fama de brilhantíssimo improvisador ao piano; por volta de 1794, se inicia a redução da sua acuidade auditiva, fato que o leva a pensar em suicídio; os últimos dez anos de sua vida, quando fica praticamente surdo, e passa a escrever obras de carácter mais abstrato.
Em 1801, Beethoven afirma não estar satisfeito com o que compôs até então, decidindo tomar um "novo caminho". Dois anos depois, em 1803, surge o grande fruto desse "novo caminho": a Sinfonia nº3 em Mi bemol Maior, apelidada de "Eroica", cuja dedicatória a Napoleão Bonaparte foi retirada em 1804, com a autoproclamação de Napoleão imperador da França. E, a antiga dedicatória fora substituída por: "à memoria de um grande homem". A sinfonia Eroica era duas vezes mais longa que qualquer sinfonia escrita até então.
Em 1808, surge a Sinfonia nº5 em Dó menor (sua tonalidade preferida), cujo famoso tema da abertura foi considerado por muitos como uma evidência da sua loucura.
Em 1814, na segunda fase, Beethoven já era reconhecido como o maior compositor do século.
Em 1824, surge a Sinfonia nº9 em Ré Menor. Pela primeira vez na história da música, é inserido um coral numa sinfonia, inserida a voz humana como exaltação dionisíaca da fraternidade universal, com o apelo à aliança entre as artes irmãs: a poesia e a música.
Beethoven começou a compor música como nunca antes se houvera ouvido. A partir de Beethoven a música nunca mais foi a mesma. As suas composições eram criadas sem a preocupação em respeitar regras que, até então, eram seguidas. Considerado um poeta-músico, foi o primeiro romântico apaixonado pelo lirismo dramático e pela liberdade de expressão. Foi sempre condicionado pelo equilíbrio, pelo amor à natureza e pelos grandes ideais humanitários. Inaugura, portanto, a tradição de compositor livre, que escreve música para si, sem estar vinculado a um príncipe ou a um nobre. Hoje em dia, muitos críticos o consideram como o maior compositor do século XIX, a quem se deve a inauguração do período Romântico, enquanto que outros o distinguem como um dos poucos homens que merecem a adjetivação de "gênio".
Ricardo Castro nasceu em Vitoria da Conquista, cidade do sudoeste baiano, em 1964. Aos nove meses de idade sua família mudou-se para Salvador onde aos três anos passou a mostrar um nítido interesse e facilidade no desempenho ao piano, partilhado nas aulas que sua irmã mais velha tomava em casa com uma tia.
Aos cinco anos ingressou na Escola de Musica e Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia, despertando a atenção da professora Esther Cardoso, discípula de Margerith Long, por sua capacidade de tocar de ouvido aliada à habilidade com que abordava e compreendia o que lhe era apresentado. Apesar da pouca idade foi considerado apto para entrar, excepcionalmente, nesta escola liderada por Hans Joachim Koellreuter e Ernest Widmer. Três anos depois fez a sua estreia em um recital solo tocando entre outros compositores Bach, Haydn, Diabelli e Villa-Lobos. Aos 10 anos foi solista do Concerto para piano em Ré Maior de Haydn, acompanhado pela Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia. A música foi indiscutivelmente a sua primeira linguagem.
Dos cinco aos 18 anos estudou sob a orientação de Esther Cardoso, aprimorando-se em aulas de Alta Interpretação Pianística, com Madalena Tagliaferro, de quem recebeu um radioso comentário: ”Ricardo Castro é um grande artista e um grande pianista. Só lhe falta envelhecer...”.
Aos 16 anos apresentou-se em S. Paulo com a Orquestra Sinfônica Estadual de São Paulo, regida por Eleazar de Carvalho, no Concerto para piano em La menor de Grieg.
Em 1984 Ricardo partiu com recursos próprios para estudar na Europa, ingressando no Conservatório Superior de Música de Genebra, na classe de virtuosidade de Maria Tipo, assim como na classe de regência de Arpad Gerecz, tendo interrompido prematuramente o curso de regência devido à intensificação da carreira de pianista.
Primeiro lugar nos concursos Rahn em Zurich em 1985, Pembaur em Berna em 1986, diplomou-se no Conservatório de Genebra em 1987 com o “Premier Prix de Virtuosité avec Distinction et Felicitacions du Jury”. Neste mesmo ano foi vencedor ex-aequo do Concurso Internacional da ARD de Munique,inicio de sua carreira internacional.
Completou seus estudos de piano em Paris com Dominique Merlet. Encontros com Friedrich Gulda, Alicia de La Rocha, Martha Argerich e Maria João Pires foram determinantes para a construção de sua estética musical.
Em 1993 recebeu o primeiro premio no prestigioso “Leeds International Piano Competition” na Inglaterra, tornando-se o primeiro vencedor latino-americano do concurso desde sua fundação, em 1963. Na sequencia da comemoração foi recebido em 10 Downing Street pelo primeiro ministro John Major e tocou para todo o gabinete do Governo britânico e para alguns dos mais importantes músicos da época, inclusive para o regente Sir Georg Solti.
Considerado um “Marketing Dream” pela imprensa britânica ao ganhar o concurso de Leeds, foi convidado para concertos com grandes orquestras tais como Gewandhaus de Leipzig, Tonhalle de Zurich, BBC Philharmonic de Londres, English Chamber , Academy of St. Martin in the Fields, City of Birmingham Symphony, Tokyo Philharmonic, Orchestre de la Suisse Romande ou Mozarteum de Salzburg. Seguiram-se apresentações nas mais prestigiadas salas de concerto como Queen Elisabeth Hall e Barbican Center de Londres ou Musikverein de Viena. Entre os regentes com quem apresentou-se no exterior estão Sir Simon Rattle, Leif Segerstam, Yakov Kreizberg, Kazimierz Kord, Gilbert Varga, Alexander Lazarev e Michioshi Inoue
Em 2003 iniciou uma colaboração em duo com a pianista Maria João Pires. Junto fizeram uma serie de recitais nas mais importantes salas de concertos da Europa, dentre as quais Konzerthaus em Viena, Palau de la Música em Barcelona, Alte Oper de Frankfurt, Auditório Nacional de Madrid, Théâtre des Champs Elysées, Concertgebouw de Amsterdão e Tonhalle de Zurich. Em 2005 foi lançado um CD do duo, Résonance de l’Originaire, pelo selo Deutsche Grammophon, com obras de Franz Schubert a solo e a quatro mãos. Vários outros CDs foram gravados para o selo BMG-Arte Nova, sempre com excelentes comentários da critica especializada.
Apesar deste brilhante percurso, Ricardo Castro define-se como pouco interessado na carreira solo, preferindo apresentar-se em duos, musica de câmara e concertos. “A musica é uma arte para comunicar com o público e entre os músicos” disse numa entrevista em 2003. Igualmente constantes sempre foram em sua vida as atividades pedagógicas e sociais, principalmente voltadas para educação musical. “Não posso imaginar guardar a música para mim. Ela precisa ser compartilhada não só através de apresentações mas também pelo ensino sistemático”.
Ricardo Castro leciona desde 1992 na classe de bacharelado e mestrado da Haute École de Musique de Lausanne na Suíça, onde recebe um grupo exclusivo de jovens pianistas profissionais. Paralelamente às atividades musicais, sempre buscou dar apoio à programas sociais para jovens e crianças.
Em 2007 assume a responsabilidade de implantar e dirigir, em Salvador Bahia, um projeto inspirado no El Sistema da Venezuela e apoiado pelo seu fundador Jose Antonio Abreu. A convite do Governo do Estado da Bahia, cria o NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), um programa pioneiro no Brasil que completou cinco anos em outubro de 2012 quando quatro orquestras sinfônicas já constituídas se apresentaram no Teatro Castro Alves. A Orquestra Sinfônica Juvenil da Bahia, a mais avançada do programa, executou na ocasião a Nona Sinfonia de Beethoven regida por Ricardo Castro, que é seu Regente Titular e Diretor Artístico. Juntos já se apresentaram em importantes salas de concerto como Queen Elizabeth Hall de Londres, Victoria Hall de Genebra, Konzerhaus de Berlin, Centro Cultural de Belém em Lisboa e Sala São Paulo.
Sua grande dedicação ao Neojiba seja como professor, regente e gestor, o levou a exercitar quotidianamente conhecimentos adquiridos nas vivencias com diversas personalidades, instituições e culturas.
Tudo isso não o afastou da pratica e da excelencia ao piano, que pode ser reconhecida nos festivais e salas de concerto que frequenta para a alegria de seus admiradores.
Em 2013 Ricardo Castro tornou-se o primeiro brasileiro a receber o Honorary Membership da Royal Philharmonic Society, passando a figurar desde então ao lado de personalidades chaves na história da música ocidental.
Maestro e compositor. Em 1965, entra na Academia de Música de Viena, onde é aluno de regência de Hans Swarowsky. Aperfeiçoa-se nessa área em 1972, em Tanglewood (Estados Unidos), com Leonard Bernstein e Stanislaw Skrowaczewski. Recebe Prêmios em concursos internacionais de regência em Florença (1969), Londres (1972) e Scala de Milão (1976), dando início à sua trajetória profissional internacional. No Brasil, atuou como diretor artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (1982-1983) e do Theatro Municipal de São Paulo (1989-1990); na Europa, desempenha função análoga no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa (1983-1988) e, na década de 1990, no Stadttheater St. Gallen (Suíça), e no Teatro Massimo de Palermo (Itália). De 1991 a 1993, foi maestro residente da Ópera Estatal de Viena e, de 1995 a 1997, regente titular da Orquestra Nacional Bordeaux-Aquitaine (França). Assume a direção artística da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) de 1997 a 2009, levando a cabo um vigoroso programa de reformulação que estabelece a Osesp como principal orquestra do país. Após sair da sinfônica em 2009, criou, no mesmo ano, a Companhia Brasileira de Ópera, com a qual realizou dezenas de apresentações de O Barbeiro de Sevilha, de Rossini, por todo o território nacional. Em 2012, é o principal regente convidado da Orquestra Sinfônica do Paraná. Em 2013, assumiu a direção artística do Theatro Municipal de São Paulo.
Nasceu em Buenos Aires (Argetina), em 5 de junho de 1941. Naturalizada suíça, sua ascendência é judaica. O sobrenome Argerich é de origem catalã, de seu pai. Martha é considerada um dos maiores expoentes de sua geração e do período pós-guerra. Se destaca por suas interpretações de Frédéric Chopin, Franz Liszt, Johann Sebastian Bach, Robert Schumann, Maurice Ravel e Serguei Prokofiev. É reconhecida como uma das maiores pianistas virtuosas de seu tempo. Sua interpretação do grande Concerto para Piano nº 3, de Rachmaninoff (Rach 3), é considerada por muitos como "definitiva". Martha já foi homenageada e reconhecida com muitos prêmios, dentre os quais, o Comendador das Artes e Letras, Premium Imperiale, Concurso Internacional de execução musical de Genebra, Competição Internacional de Piano Frédéric Chopin, Prêmio Konex, Prêmio Kennedy, entre outros.
É Regente Titular e Diretor Musical da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo e foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Regente convidado de orquestras como a Sinfonia Varsovia (Polônia), New Japan Philharmonic, Hyogo Academy, Hiroshima Symphony, Svogtland Philharmonie (Alemanha), Jerusalem Symphony, Orquestra de Câmara de Osaka (Japão), Orquestra de Câmara de Toulouse (França), Sinfônica de Avignon, Northern Sinfonia (Inglaterra), Filarmônica de Montevideo entre outras. No Brasil, regeu a OSESP, Filarmônica de Minas Gerais, Sinfônica Municipal de São Paulo, Sinfônica do Paraná, Sinfônica Brasileira, Sinfônica de Porto Alegre, Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Foi Diretor Artístico do Núcleo de Música Erudita da Oficina de Música de Curitiba (2015 a 2017), regente e diretor artístico da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e da Orquestra de Câmara Villa-lobos. Gravou CD com obras de Carlos Gomes, Beethoven, Mozart, Tom Jobim e Edino Krieger. Foi Diretor Artístico e Regente nas óperas Lo Schiavo (Campinas), Don Giovanni (São Paulo e Campinas), e Rigoletto e La Bohème (Ribeirão Preto). Premiado pela Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA), Prêmio Carlos Gomes, Prêmio Bravo, Grammy Awards, dentre outros.
Antonio Meneses nasceu em 1957 em Recife e começou a estudar violoncelo aos 10 anos de idade. Aos 16, conheceu o famoso violoncelista italiano Antonio Janigro que o convidou a frequentar sua classe em Düsseldorf e mais tarde em Stuttgart (Alemanha). Em 1977, ganhou o 1º Prémio no Concurso Internacional ARD de Munique e em 1982 o 1º Prêmio e Medalha de Ouro no Concurso Tchaikovsky de Moscou (Rússia). Apresenta-se regularmente com as mais importantes orquestras do mundo: Filarmônica de Berlim, Sinfônica de Londres, Sinfônica da BBC, Concertgebouw de Amesterdã, Sinfônica de Viena, Filarmônica Checa, Filarmônica de Moscou, Filarmônica de São Petersburgo, Filarmônica de Israel, Orchestre de la Suisse Romande, Orquestra da Rádio da Baviera, Filarmônica de Nova Iorque, National Symphony Orchestra (Washington D.C.) e a Sinfônica NHK de Tóquio, entre outras. Detém extensa agenda de concertos, ministra cursos de aperfeiçoamento na Europa, Américas e Japão, sendo também professor titular de violoncelo na Hochschule der Künste de Berna, Suíça desde 2007 e ministra master-classes mensais na Academia Stauffer de Cremona, Itália.
Nascida em 1944, em Lisboa, Portugal, de cidadania suíça, é considerada uma das mais importantes pianistas da atualidade. Distinguida com um Óscar para a música clássica (2015), em Londres (Reino Unido). Condecorada com a Medalha de Mérito Cultural de Portugal (2019) e com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2019), além do 'Prêmio Pessoa' (1989), em Portugal. Ainda, Dama da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1983), Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique (1989) e Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1998). Iniciou estudos aos cinco anos de idade e fez o seu primeiro recital aos sete. Recebe o Prêmio da Juventude Musical Portuguesa aos sete anos. Entre 1953 e 1960 estuda com o Professor Campos Coelho no Conservatório de Lisboa. Na Alemanha estuda na Musikakademie, com Rosl Schmid (Munique) e com Karl Engel (Hanôver). Vence o Concurso Internacional do Bicentenário de Beethoven (1970), em Bruxelas (Bélgica). Sempre convidada por importantes orquestras para tocar nas melhores salas de concerto na Europa, Canadá, Japão, Israel e Estados Unidos. Gravações: Moonlight, com sonatas de Beethoven; Le Voyage Magnifique, integral dos Impromptus de Schubert; nocturnos e outras obras de Chopin; sonatas de Grieg e os trios de Mozart, com Augustin Dumay (violino) e Jiang Wang (violoncelo). É fundadora e dirigente do Centro de Belgais para o Estudo das Artes, em Escalos de Baixo no concelho de Castelo Branco (Portugal). Residiu na Bahia (Lauro de Freitas), Brasil, parte dos anos 2000 e encerrou o Centro de Belgais em 2009. Forma turmas das quais saem artistas como Sylvia Thereza e Leonardo Hilsdorf. E, nos últimos dois anos, reviveu o projeto do Centro de Música de Belgais.
Vencedor do Concurso Internacional Clara Haskil (2013), ganhou também prêmios como Instrumentista do Ano (2017) da APCA, Melhor Concerto do Ano (2016) no Guia da Folha, e na Gramophone entrou para as seletas listas: “Top 10 Recent Beethoven Recordings” e "Top 10 Chopin Recordings”, ao lado de artistas como Martha Argerich, Arthur Rubinstein, Maria João Pires, Dinu Lipatti e Murray Perahia. Convites futuros incluem gravação com OSESP, duos com Renaud Capuçon e Antonio Menesese recital no Verbier Festival. Tocou com Orquestra Sinfônica de Lucerna, Orquestre de la Suisse Romande, Orquestra Sinfônica da Rádio de Stuttgart. Seu último CD solo ganhou o “Editor’s Choice” na Gramophone e “5-Diapasons” na Diapason.
Renomado pianista e compositor argentino que já se apresentou em mais de 15 países da Europa e das três Américas. Nascido em Buenos Aires, Scebba iniciou sua formação na Argentina e completou seus estudos na Ucrânia e na Rússia, no Conservatório Tchaikovsky de Moscou. O pianista revela um brilhante virtuosismo e possui uma técnica exuberante aliada a um vasto repertorio, em que predominam obras do período romântico e de compositores russos. Foi professor visitante nas seguintes universidades: Miami University, Vilanova (Philladelphia), Temple (Philladelphia), Concepción (Chile), Chile (Santiago), Cuyo (Mendoza), La Habana (Cuba), La Serena (Chile), State Academy of Music de Sofia (Bulgaria) e Conservatório Tchaikowsky de Moscou, ministrando masterclasses e recitais. Também é frequentemente convidado como membro de jurado em prestigiosos concursos.
Nascida na Itália em 1998, Arianna De Stefani obteve seu diploma de piano com a mais alta distinção no Conservatório "Venezze"; quando tinha apenas 14 anos de idade. Continuou seus estudos de piano em Turim e Florença na classe de Pietro De Maria e atualmente está concluindo seu mestrado na Escola Superior de Música de Lausanne, na turma de Ricardo Castro. Arianna De Stefani, solista e concertista precoce, já venceu várias competições internacionais, com destaque para o "Premio Venezia", no suntuoso teatro "La Fenice", de Veneza.
Flautista suíço de origem canadense, já realizou inúmeros concertos como solista junto a orquestras na Europa e América Latina. Participa de festivais em diversos países das Américas, Europa, Ásia e Oceania. É professor no Escola Superior de Música de Genebra (HEM), no Extremo Oriente e na América Latina. É um dos mais antigos colaboradores do NEOJIBA, vindo frequentemente para aulas e masterclasses.
Formado em 2017 na Escola de Música de Fiesole, o Quarteto Shaborùz é composto pelos violinistas Angela Tempestini e Amedeo Ara, a violista Anna Avilia e a violoncelista Marina Margheri, guiadas pelo maestro Edoardo Rosadini. Em abril de 2018, o quarteto ganhou uma bolsa de melhor quarteto da Escola de Música de Fiesole. Eles também representaram a escola no 10º aniversário do jornal Corriere Fiorentino e em diversos concertos como o festival “Estate Fiesolana 2018”, que aconteceu no Roman Theater, em Fiesole, na Villa Salviati for the European Citizen Prize, no Strings City, e no Palazzo Strozzi durante o Fortissimissimo Festival. Em novembro de 2018, eles participaram de uma masterclass em Sevilha, durante uma viagem com a Escola de Música. Eles estão acompanhando as aulas no European Quartet Academy com os maestros Giovaninetti, Nannoni, Chorzelski, Schacher eAguera.
Nasceu em Florença em 1978. Estudou viola na Escola de Música Fiesole, sob a orientação do Maestro Piero Farulli, violista do Quarteto Italiano. Formou-se em 1998, com honras, no Conservatório GB Martini em Bolonha. Em 1994, ganhou o primeiro prêmio violista de Vittorio Veneto. Entre 1996 e 1998, ganha a bolsa de estudos da SIAE (Sociedade Italiana de Autores e Editores) na Escola de Música de Fiesole. Foi o primeiro solista de viola da Orquestra Juvenil Italiana e viajou com maestros como CM Giulini, E. Inbal, G. Sinopoli, L. Berio, D. Gatti, C. Abbado. Foi a primeira viola da Orquestra Verdi de Milão, sob a orientação de R. Chailly. Desde 2000, ensina quarteto de cordas na Escola de Música de Fiesole e, desde 2002, é diretor-professor da Orquestra de Meninos da Escola de Música de Fiesole, composta por 80 meninos entre oito e 17 anos de idade. Seguiu os cursos do Maestro Piero Bellugi em Florença em 2003-2004 e, em 2005, participou do curso do Maestro Colin Metters, organizado pela Kammerphilharmonie de Berlim, com a Vogtland Philharmonie Orchester na Alemanha, onde também foi Maestro convidado (2006). É violista do Alkman Quartet e do Klimt Quartet. Frequentemente convidado pelas mais importantes associações italianas e estrangeiras.
Mertol Demirelli nasceu em 1996 em Ancara, na Turquia. Começou seus estudos na música quando tinha quatro anos, e as lições de piano, aos cinco. Ganhou seu primeiro prêmio em 2003, aos sete anos. Reconhecido como uma criança prodígio, fez mais de 100 concertos pelo mundo entre 2003 e 2011. Ganhou uma bolsa na Faculdade de Música da Bilkent University e estudou piano com Oya Ünler por quatro anos e com Ersin Onay por um ano. Em 2010, entrou na Queen Elisabeth Music Chapel (Bélgica) e estudou piano com Abdel Rahman El Bacha. Em 2014, estudou piano com Maria João Pires, que o convidou para participar do Projeto Partitura. Em 2016, entrou na Haute Ecole de Musique de Vaud-Valais-Fribourg (HEMU) e estudou com Ricardo Castro. Em 2018, começou a estudar piano na Escola de Música de Fiesole. No ano seguinte, ficou em segundo lugar na categoria Piano do Concours international de piano d'Île-de-France.
Natural de São Paulo, Irineu Franco Perpétuo é formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Ao longo de sua carreira atuou de forma intensa como jornalista e crítico musical para veículos de imprensa de grande circulação no Brasil, tais como o jornal Folha de S.Paulo e a revista Bravo!. Foi também correspondente no Brasil da revista Ópera Actual de Barcelona e editor do extinto Guia do Ouvinte, da Rádio Cultura FM de São Paulo. Atualmente colabora para versão impressa e para o site da Revista Concerto.
É autor de diferentes livros sobre música, tais como Populares & Eruditos (em parceria com Alexandre Pavan), Cyro Pereira - Maestro, e mais recentemente, História concisa da música clássica brasileira. É também autor de vários audiolivros: Chopin, o poeta do piano, Alma Brasileira: A trajetória de Villa Lobos e História da Música Clássica. É também autor de uma grande quantidade de textos para encartes de CDs, notas de programas para concertos e óperas, dentre as quais estão incluídas a tradução de vários libretos de ópera.
Sua atividade com a música clássica não se limitou a redação de textos, tendo atuado em diferentes segmentos, tal como no projeto A história através da música, junto à orquestra de câmara Cantilena Ensemble, em 2010, a partir de espetáculos ao mesmo tempo pedagógico e musical. Por várias temporadas realizou palestras pré-concertos para a Cultura Artística, bem como para temporadas líricas do Theatro Municipal de São Paulo. Ministrou diversos cursos livres para a Casa do Saber, Festival Virtuosi e para os Cursos Clássicos. Figura carismática e de fala espontânea, Perpétuo foi destaque durante os anos de atividade do podcast Papo de música (produzido pela Revista Concerto) e segue como um dos principais atrativos do programa Prelúdio da TV Cultura, no qual é jurado fixo. Atuou também como jurado no Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão.
Além da música clássica, nas últimas décadas Perpétuo tem se destacado como tradutor de literatura russa, vertendo textos diretamente deste idioma, tais como Pequenas Tragédias e Boris Godunov, de Alexandre Pushkin, Os dias dos Turbin e O mestre e margarida, de Mikhail Bulgákov, A estrada e o monumental Vida e destino, de Vasily Grossman, entre outros. Traduziu ainda Notas do Subterrâneo de Fiódor Dostoievski e A Morte de Ivan Ilitch de Liev Tolstói para a coleção Grandes Nomes da Literatura (lançada pelo jornal Folha de S.Paulo).
Sua ligação com a cultura literária e musical russa foi fator decisivo para sua escolha como consultor de Deborah Colker para o espetáculo Tathyana, balé que estreou no Festival de Teatro de Curitiba, em 9 de setembro de 2011, baseado no romance Eugene Onegin, de Pushkin.
Obras
Cyro Pereira, Maestro - ISBN 85-7234-346-6
Populares e Eruditos - ISBN 85-88359-01-4
Chopin, o poeta do piano - ISBN 978-8560125319
História da Música Clássica - ISBN 978-85-60125-13-5[11]
Alma Brasileira: A trajetória de Villa Lobos - ISBN 978-85-60125-25-8
O Futuro da música depois da morte do CD - ISBN 978-85-62080-01-2
História concisa da música clássica brasileira - ISBN 978-85-7939-538-3
Pequenas tragédias (tradução) - ISBN 85-250-4267-6
Boris Godunov (tradução) - ISBN 978-85-250-4351-1
Memórias de um caçador (tradução) - ISBN 978-85-7326-543-9
A Morte de Ivan Ilitch (tradução) - ISBN 978-85-7949-273-0
Notas do Subterrâneo (tradução) - ISBN 978-85-7949-276-1
Os dias dos Turbin (tradução) - ISBN 978-85-69002-43-7
Memórias do subsolo (tradução) - ISBN 85-7326-185-4
Salmo - romance-meditação sobre os quatro flagelos do Senhor (tradução) - ISBN 856109608X
Vida e destino (tradução) - ISBN 978-85-7962-339-4
A estrada (tradução) - ISBN 9788579624469
O mestre e margarida (tradução) - ISBN 978-85-7326-680-1
Matias é natural de São Paulo onde iniciou seus estudos musicais. Em 1979, ainda aluno de Zigmunt Kubala, torna-se professor de violoncelo da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Em 1980, muda-se para Berlim como bolsista da Fundação Herbert von Karajan. Na Europa estudou na Escola Superior de Música de Berlim (HdK) e na Academia Franz Liszt de Budapeste como aluno de Csaba Onczay. Estudou ainda com William Pleeth, Aldo Parisot, e Paul Tortelier.
Solista e pedagogo mundialmente solicitado é professor de violoncelo na Universidade das Artes de Berlim e na Faculdade de Música da Universidade de Münster na Alemanha. Foi convidado a ministrar Master Classes na Alemanha, Itália, Espanha, Portugal, Franca, Suíça, Holanda, Estônia, Polônia, Rússia, Hungria, Grécia, Turquia, Israel, Coreia, Japão, Nova Zelândia, Chile entre outros.
Matias de Oliveira Pinto realizou extensas tournées pelos EUA, vários países da América do Sul, toda a Europa, Israel, Japão, Coreia, Nova Zelândia e Austrália, se apresentando em alguns dos mais importantes festivais internacionais.
Na Alemanha tem se apresentado em importantes salas de concerto, como Philharmonie (também na série de música de câmara da Orquestra Filarmônica de Berlim) e Konzerthaus de Berlim, festivais de Berlim, Rheingau, Mecklenburg, Munique, e muitos outros.
É diretor artístico dos festivais de Ouro Branco e Verden na Alemanha.
Tem Cd`s gravados pelos selos europeus Cello Colors, Academy, Kreuzberg Records, Bella Musica e Hungaroton Classics.
David Grimal (nascido em 1973) é um violinista francês. Ele começou a tocar violino aos cinco anos de idade. Ele recebeu o primeiro prêmio em violino e música de câmara no Conservatório de Paris em 1993. Depois fez seus estudos de pós-graduação com Régis Pasquier. Ele também enriqueceu e aprofundou sua musicalidade estudando com personalidades como Philippe Hirschhorn, Shlomo Mintz, Isaac Stern.
David Grimal segue uma carreira internacional como violinista solo, que permitiu se apresentar regularmente nos últimos vinte anos nos principais locais de música de concerto do mundo e com orquestras de prestígio como Orchestre de Paris, Orchestre Philharmonique de Radio France, Russian National Orchestra, Orchestre National de Lyon, Orquestra de Câmara da Europa, Berliner Symphoniker, New Japan Philharmonic, Orchester de l'Opéra de Lyon, Mozarteum Orchestra Salzburg, Jerusalem Symphony Orchestra e Sinfonia Varsovia, sob a direção de Christoph Eschenbach, Michel Plasson, Michael Schønwandt, Peter Csaba, Heinrich Schiff, Lawrence Foster, Emmanuel Krivine, Mikhail Pletnev, Rafael Frühbeck de Burgos e Péter Eötvös, Andris Nelsons, Christian Arming, entre outros ... Ele foi o homenageado com obras dedicadas de vários compositores, entre os quais estão incluídos: Marc-André Dalbavie, Brice Pauset, Thierry Escaich, Jean-François Zygel, Alexander Gasparov, Victor Kissine, Fuminori Tanada, Richard Dubugnon, Ivan Fedele, Philippe Harrowing , Anders Hillborg, Oscar Bianchi, Guillaume Connesson e Frederic Verrières. Além disso, David Grimal tem por muitos anos participado de recitais com Georges Pludermacher. Eles fizeram turnês em todo o mundo e sua discografia colaborativa, que apresenta obras de Ravel, Debussy, Bartok, Franck, Strauss, Enescu, Szymanowski e Janáček, conquistou inúmeros prêmios (Strad Selection, BBC Mag de 5 estrelas, Arte Sélection, ƒƒƒƒ de Télérama, etc. ) David Grimal gravou Sonatines de Schubert com Valery Afanassiev. Em 2009, sua gravação das Sonatas e Partitas completas de Bach, juntamente com “Kontrapartita” de Brice Pauset, uma criação originalmente dedicada ao próprio David Grimal, foi distinguida por um CHOC por Le Monde de la musique (principal música clássica da França mensalmente). Sua gravação do Concerto de Thierry Escaich para violino no Orchestre National de Lyon também recebeu um Choc de Classica em 2011.
Desde 2008, David Grimal é um "Artist in Residence" pela Opéra de Dijon. Ele ensina violino na Musikhochschule em Saarbrücken, Alemanha. Ele também realiza muitas master classes e foi membro do júri do Concurso Internacional Long-Thibaud em Paris em 2010. Foi nomeado Chevalier des Arts et des Lettres pelo Ministério da Cultura francês em 2008.
Les Dissonances
Além de seguir sua carreira como artista solo, David Grimal está interessado em explorar projetos especiais. A liberdade proporcionada por sua colaboração com Les Dissonances permitiu-lhe desenvolver seu universo interior, aventurando-se em repertórios não disponíveis para solistas. Com Les Dissonances, ele fundou o L'Autre Saison, uma série de shows realizados em benefício a pessoas em situação de rua na Église Saint-Leu, no coração de Paris.
Violino
David Grimal toca em um Ex Roederer, Stradivarius (1710), emprestado pela Fazenda Ipiranga, Mguaranesia / MG, Brasil. Ele foi agraciado com o prêmio European Culture Award no Wiener Musikverein em 1996.
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Inglês
David Grimal (born 1973) is a French violinist. He started to play the violin at the age of five. He won First Prize in violin and chamber music at the Conservatoire de Paris in 1993. Afterwards he did his postgraduate studies with Régis Pasquier. He also enriched and deepened his musicality by studying with such personalities as Philippe Hirschhorn, Shlomo Mintz, Isaac Stern.
Activities
David Grimal pursues an international career as a solo violinist, which has seen him performing regularly over the past twenty years in the world's leading classical music venues and with prestigious orchestras such as the Orchestre de Paris, Orchestre Philharmonique de Radio France, Russian National Orchestra, Orchestre National de Lyon, Chamber Orchestra of Europe, Berliner Symphoniker, New Japan Philharmonic, Orchestre de l’Opéra de Lyon, Mozarteum Orchestra Salzburg, Jerusalem Symphony Orchestra and Sinfonia Varsovia, under the direction of Christoph Eschenbach, Michel Plasson, Michael Schønwandt, Peter Csaba, Heinrich Schiff, Lawrence Foster, Emmanuel Krivine, Mikhail Pletnev, Rafael Frühbeck de Burgos and Péter Eötvös, Andris Nelsons, Christian Arming, among others...
He has been the honoured recipient of dedicated works by various composers, among whom are counted Marc-André Dalbavie, Brice Pauset, Thierry Escaich, Jean-François Zygel, Alexander Gasparov, Victor Kissine, Fuminori Tanada, Richard Dubugnon, Ivan Fedele, Philippe Harrowing, Anders Hillborg, Oscar Bianchi, Guillaume Connesson and Frederic Verrières.
In addition, David Grimal has for many years taken part in recitals with Georges Pludermacher. They have toured worldwide and their collaborative discography, which features works by Ravel, Debussy, Bartok, Franck, Strauss, Enescu, Szymanowski and Janáček, has reaped countless awards (Strad Selection, 5 star BBC Mag, Arte Sélection, Télérama's ƒƒƒƒ, etc.).
David Grimal has recorded Schubert's Sonatines with Valery Afanassiev. In 2009, his recording of Bach's complete Sonatas and Partitas along with Brice Pauset's “Kontrapartita”, a creation originally dedicated to David Grimal himself, was distinguished by a CHOC by Le Monde de la musique (France's leading classical music monthly). His recording of Thierry Escaich's Concerto for violin with the Orchestre National de Lyon was also awarded a Choc de Classica in 2011.
Since 2008, David Grimal has been Artist in Residence at the Opéra de Dijon. He teaches violin at the Musikhochschule, in Saarbrücken, Germany. He also presides over many Master Classes and was a member of the jury for the Long-Thibaud International Competition in Paris, in 2010. He was appointed Chevalier des Arts et des Lettres by the French Ministre de la Culture in 2008.
Les Dissonances
In addition to pursuing his career as a solo artist, David Grimal has been keen to explore more personal projects. The liberty afforded by his collaboration with Les Dissonances has enabled him to develop his inner universe by venturing into repertoires not available to soloists. With Les Dissonances, he has founded “L’Autre Saison”, a series of concerts performed to the benefit of and with homeless people in the Église Saint-Leu, in the very heart of Paris.
Instrument
David Grimal plays the Ex Roederer, Stradivarius (1710) lent by Fazenda Ipiranga, Mguaranesia / MG, Brasil. He was awarded the European Culture Prize at Wiener Musikverein in 1996. France made him Chevalier des Arts et Lettres in 2008.
O maestro Alejandro Posada desenvolveu uma importante carreira artística na Europa e América Latina. Foi o primeiro colombiano em toda a história do seu país a ser nomeado Diretor Titular de uma orquestra profissional europeia, a Orquesta Sinfónica de Castilla y León (OSCyL), de 2002 a 2009. Seu vínculo com esta orquestra por mais de uma década fez com que se tornasse uma das principais do cenário espanhol.
É o fundador e Diretor Artístico da Iberacademy - Academia Filarmónica Iberoamericana, e além da OSCyL, foi Diretor Titular da Orquesta Filarmónica y de Cámara de Sarajevo (Bosnia-Herzegovina), Orquesta Ciudad de Baden (Áustria) e da Orquestra Nacional de seu país (Colômbia).
Além de sua destacada trajetória como diretor de orquestra, o maestro Posada é reconhecido internacionalmente como mentor de jovens e talentosos músicos, a partir da criação de vários programas pioneiros na América Latina, entre os quais se destacam Iberacademy e a Academia Filarmónica de Medellín (AFMED). O Congresso da República da Colômbia lhe conferiu a ordem de Cavaleiro (Caballero) por seu "trabalho em benefício da Cultura Universal" e a cidade de Miami fez um reconhecimento especial por sua exitosa carreira internacional e por "servir como uma fonte sobressalente de inovação". Atualmente é também professor de regência na Universidad EAFIT.
Trabalha com frequência em orquestras de primeira ordem - dirigiu cerca de 70 delas, em mais de vinte países - o que lhe permitiu acumular uma extensa carreira nacional e internacional junto a solistas de reconhecido prestígio internacional, como Gidon Kremer, Frank Peter Zimmermann, Julian Rachlin, Natalia Gutman, Gil Shaham, Ewa Podles, Alessio Bax, Steven Isserlis, Lilya Zilberstein, Simon Trpceski, Sergei Krilov, María Joao Pires, Lars Vogt, Sarah Chang, Gary Hoffman, Jean Yves Thibaudet, Piotr Anderwzeiski, Simon Trpčeski, Sarah Chang entre outros. Em Medellín, dirigiu o único concerto com orquestra que o renomado pianista Lang-Lang realizou na Colômbia.
Sua discografia inclui mais de quinze discos e DVDs internacionais, dois deles indicados na Espanha a prêmios de música. Realizou seus estudos de regência na Universidade de Viena, onde se graduou com honras por unanimidade, recebendo o prêmio acadêmico de excelência outorgado pelo governo austríaco.
Biografía
Estudou teoria musical e se graduou como pianista no Conservatorio de Bellas Artes de Medellín. Em Viena realizou estudos de regência, composição e coral com os mestres Karl Östrerreicher, Heinrich Gattermeyer e Gunther Theuring na Hochschule für Musik und Darstellende Kunst, graduando-se com honras por unanimidade e recebendo o Wuerdigungspreis, prêmio acadêmico de excelência outorgado pelo Ministério de Ciência da Áustria. Foi o primeiro colombiano a obter a titularidade de uma orquestra europeia.
Seu permanente e firme compromisso com as crianças e jovens o levou a conquistar o apoio de órgãos do governo para seus projetos, que vão desde concertos didáticos a encontros juvenis de prática orquestral, como os que realiza em colaboração com a Orquesta Sinfónica de Castilla y León e a Orquesta Filarmónica de Medellín, que graças a esses projetos têm fortalecido os laços entre a Europa e a América Latina.
Seu compromisso com os jovens o levou a fundar em 2008 a Academia Filarmónica de Medellín (AFMED), um programa pioneiro na América Latina cujo propósito é contribuir para o desenvolvimento profissional de jovens músicos no país. Este programa, único na Colômbia, oferece uma formação musical rigorosa, com projeção internacional, que busca preparar os participantes para o exercício profissional como músicos. Graças ao apoio da Fundação Hilti, em 2016, fundou a Iberacademy - Academia Filarmónica Iberoamericana, cujo fim é apoiar e fortalecer a expansão da educação musical na América Latina, dirigido principalmente a populações vulneráveis e aos jovens músicos que se destaquem por seu talento.
Iberacademy conta com o aval de prestigiosos aliados de grande reconhecimento internacional, como a New World Symphony, em Miami; o Festival de Verbier (Suiça), a Fundación Mozarteum (Áustria), entre outros.
Prêmios
Por seu concerto de graduação na Universidade de Viena, obteve o prêmio acadêmico de excelência do governo austríaco.
Obteve o primeiro prêmio do ‘Concurso para Directores Jóvenes’, organizado pela Orquestra de Câmara de Viena; segundo prêmio do ‘I Concurso Internacional para Directores de Orquesta de Cadaqués’ e Prêmio Especial da ‘XI Competición Internacional Nicolai Malko’, para regentes, de Copenhague.
Em outubro de 2009 o Congresso da República da Colômbia lhe confiou a ordem de Cavaleiro (Caballero) como "reconhecimento ao trabalho desenvolvido em benefício da Cultura Universal". Em 2013, a cidade de Miami fez um reconhecimento especial por sua exitosa carreira internacional e por "servir como uma fonte sobressalente de inovação".
Discografía
Entre seus trabalhos discográficos se destacam as gravações para o selo NAXOS à frente da Orquesta Sinfónica de Castilla y León.
Sua discografia inclui mais de quinze discos e DVDs internacionais, dois deles para o selo Warner indicados na Espanha a prêmios musicais, um em reconhecimento à obra de Luis de los Cobos e Xavier Montsalvatge, com a participação da violinista Ara Malikian, que foi indicado na Espanha ao “Premios de la Música 2007” e outro com os concertos para violino de Tomás Bretón e José de Monasterio, também com a participação da solista Ara Malikian, que foi classificado como excepcional pela revista musical Scherzo.
Em espanhol:
El Maestro Alejandro Posada ha desarrollado una importante labor artística por Europa y Latinoamérica. Fue el primer colombiano en toda la historia de su país natal (Colombia) en ser nombrado Director Titular de una orquesta profesional europea dela de la Orquesta Sinfónica de Castilla y León1 OSCyL) desde 2002 hasta 2009. Su vinculación con ésta orquesta por más de una década, la llevó a convertirse en una de las principales orquestas del panorama español.
Es el fundador y Director Artístico de Iberacademy - Academia Filarmónica Iberoamericana, y además de la OSCyL, ha sido Director Titular de la Orquesta Filarmónica y de Cámara de Sarajevo (Bosnia-Herzegovina), Orquesta Ciudad de Baden (Austria) y de la Orquesta Nacional de su país natal (Colombia).
Adicional a su destacada trayectoria como director de orquesta, el Maestro Posada ha sido reconocido internacionalmente como un visionario, mentor y pedagogo de jóvenes y talentosos músicos con la creación de varios programas pioneros en Latinoamérica, entre los cuales se destacan: Iberacademy y la Academia Filarmónica de Medellín, AFMED. El Congreso de la República de Colombia le confirió la orden de Caballero por “su labor en beneficio de la Cultura Universal" y la ciudad de Miami le hizo un reconocimiento especial por su exitosa carrera internacional y por "servir como una fuente sobresaliente de innovación". Actualmente es también profesor de dirección en la Universidad EAFIT.
Trabaja con frecuencia con agrupaciones sinfónicas de primer orden -ha dirigido cerca de 70 orquestas diferentes, en más de 20 países- lo que le ha permitido acumular una extensa carrera nacional e internacional junto a solistas de reconocido prestigio internacional como Gidon Kremer, Frank Peter Zimmermann, Julian Rachlin, Natalia Gutman, Gil Shaham, Ewa Podles, Alessio Bax, Steven Isserlis, Lilya Zilberstein, Simon Trpceski, Sergei Krilov, María Joao Pires, Lars Vogt, Sarah Chang, Gary Hoffman, Jean Yves Thibaudet, Piotr Anderwzeiski, Simon Trpčeski, Sarah Chang entre otros. En Medellín dirigió el único concierto con orquesta que el renombrado pianista Lang-Lang realizó en Colombia.
Su discografía incluye más de quince discos y DVD internacionales, dos de ellos nominados en España a los “Premios de la Música”. Realizó sus estudios de dirección de orquesta en la Universidad de Viena donde se graduó con honores por unanimidad, recibiendo el premio académico de excelencia otorgado por el Gobierno Austríaco.
Biografía
Estudió teoría musical y se graduó como pianista en el Conservatorio de Bellas Artes de Medellín. En Viena realizó estudios de dirección orquestal, composición y dirección coral con los maestros Karl Östrerreicher, Heinrich Gattermeyer y Gunther Theuring en la Hochschule für Musik und Darstellende Kunst, graduándose con honores por unanimidad y recibiendo el Wuerdigungspreis, premio académico de excelencia otorgado por el Ministerio de Ciencia e Investigación de Austria. Ha sido el primer colombiano en obtener la titularidad de una orquesta europea.
Su permanente y firme compromiso con los jóvenes y niños lo ha llevado a involucrar organismos gubernamentales hasta lograr su implicación en proyectos que abarcan desde conciertos didácticos hasta encuentros juveniles de práctica orquestal como los que realiza en colaboración con la Orquesta Sinfónica de Castilla y León y la Orquesta Filarmónica de Medellín, quienes gracias a este proyecto han visto afianzar los lazos entre Europa y Latinoamérica.
Su permanente y firme compromiso con los jóvenes lo llevó a fundar en 2008 la Academia Filarmónica de Medellín -AFMED, un programa pionero en Latino América cuyo propósito es contribuir al desarrollo profesional de los jóvenes músicos del país. Este programa, único en Colombia ofrece una formación musical rigurosa permanente y con proyección internacional, que busca preparar a los participantes para el ejercicio de su profesión como músicos. Gracias al apoyo de la Fundación Hilti, en 2016 fundó Iberacademy - Academia Filarmónica Iberoamericana, cuyo fin es apoyar el fortalecimiento y expansión de la educación musical en Latinoamérica, dirigido principalmente a poblaciones vulnerables y a los jóvenes músicos que se destaquen por su talento.
Iberacademy cuenta con el aval de prestigiosos aliados de gran reconocimiento internacional como la New World Symphony, en Miami; el Festival de Verbier (Suiza), la Fundación Mozarteum (Austria), entre otros.
Premios
Por su concierto de graduación en la Universidad de Viena obtuvo el premio académico de excelencia otorgado por el Gobierno Austríaco.
Obtuvo el Primer Premio del ‘Concurso para Directores Jóvenes’ organizado por la Orquesta de Cámara de Viena; Segundo Premio del ‘I Concurso Internacional para Directores de Orquesta de Cadaqués’ y Premio Especial de la ‘XI Competición Internacional Nicolai Malko’, para directores, de Copenhague.
En octubre de 2009 el Congreso de la República de Colombia le confirió la orden de Caballero "como reconocimiento a la labor desarrollada en beneficio de la Cultura Universal". " En 2013 la ciudad de Miami le hizo un reconocimiento especial por su exitosa carrera internacional y por "servir como una fuente sobresaliente de innovación".
Discografía
Entre sus trabajos discográficos se destacan las grabaciones para la firma NAXOS al frente de la Orquesta Sinfónica de Castilla y León.
Su discografía incluye más de quince discos y DVD internacionales, dos de ellos para el sello Warner nominados en España a los “Premios de la Música: uno en el que se recogen obras de Luis de los Cobos y Xavier Montsalvatge, con la participación del violinista Ara Malikian, y que fue nominado en España a los “Premios de la Música 2007” y otro con los conciertos para violín de Tomás Bretón y José de Monasterio, también con la participación como solista de Ara Malikian, que fue calificado como excepcional y un lujazo por la revista musical Scherzo.
Com sua combinação única de um colorido espírito brasileiro e profunda musicalidade, a pianista Clélia Iruzun firmou-se como uma das artistas mais empolgantes que chegaram ao cenário internacional nos últimos anos.
Clélia inicialmente estudou na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro e seguidamente na Royal Academy of Music em Londres onde se formou com o Recital Diploma. Ganhou também vários prêmios notáveis em competições internacionais. Posteriormente trabalhou com vários eminentes virtuoses, incluindo Nelson Freire, Jacques Klein, Stephen Kovacevich e Fou Ts’Ong, e mais particularmente com a altamente distinta pianista e pedagoga brasileira Mercês de Silva Telles em Paris. Notáveis compositores brasileiros, incluindo Francisco Mignone, Arnaldo Rebello e Marlos Nobre, dedicaram obras a Clélia, incluindo – mais recentemente – Beetholven Cunha e Alexandre Rachid.
Como solista Clélia Iruzun vem atuando internacionalmente, tendo se apresentado em toda a Europa, Américas e Ásia, incluindo concertos no Grand Theatre em Xangai (onde o seu recital foi eleito “um dos dez melhores concertos do ano”), o Forbidden City Concert Hall em Pequim, Konserthusets em Gotemburgo e Estocolmo, Poznan Philharmonie e Queen Elizabeth Hall, Purcell Room e Wigmore Hall em Londres. Clélia também realiza turnês anuais no Brasil, tocando nas principais salas, festivais e séries de seu país natal. Frequentemente aparece em transmissões de rádio e televisão em muitos países, includindo a BBC Radio 3 na Inglaterra.
Clélia estreou obras de importantes compositores brasileiros como Francisco Mignone, Heitor Villa-Lobos, Henrique Oswald, Marlos Nobre, João Guilherme Ripper, Radamés Gnattali em muitos países em vários continentes e também fez estréias sul americana de importantes obras de compositores ingleses, como Arnold Bax e York Bowen.
Sua admirada discografia abrange uma variedade de repertório, de compositores latino-americanos aos Concertos de Mendelssohn e o Concertino para Piano e Orquestra de Elizabeth Maconchy com a BBC Scottish Symphony Orchestra. Outros CDs incluem a Música de Piano de Marlos Nobre no selo Lorelt, para quem ela também gravou um disco da música de piano de Ernesto Nazareth – “Portrait of Rio”.
Gravações recentes de Clélia no selo internacional SOMM incluem dois aclamados volumes da música de piano de Federico Mompou. Seu CD mais recente para essa gravadora foi com os Concertos para Piano e Orquestra de Francisco Mignone e Isaac Albéniz com a Royal Philharmonic Orchestra regida por Jac van Steen – disco nomeado para o International Classical Music Awards e saudado pela International Piano: “Clélia se destaca, tocando com soberba maestria e empatia ; é difícil imaginar esses concertos tocados com com maior perfeição e delicadeza.”Sua admirada discografia abrange uma variedade de repertório, de compositores latino-americanos aos Concertos de Mendelssohn e o Concertino para Piano e Orquestra de Elizabeth Maconchy com a BBC Scottish Symphony Orchestra. Outros CDs incluem a Música de Piano de Marlos Nobre no selo Lorelt, para quem ela também gravou um disco da música de piano de Ernesto Nazareth – “Portrait of Rio”.
Gravações recentes de Clélia no selo internacional SOMM incluem dois aclamados volumes da música de piano de Federico Mompou. Seu CD mais recente para essa gravadora foi com os Concertos para Piano e Orquestra de Francisco Mignone e Isaac Albéniz com a Royal Philharmonic Orchestra regida por Jac van Steen – disco nomeado para o International Classical Music Awards e saudado pela International Piano: “Clélia se destaca, tocando com soberba maestria e empatia ; é difícil imaginar esses concertos tocados com com maior perfeição e delicadeza.”
Em 2009, o jornal inglês The Guardian indicou o Maestro Isaac Karabtchevsky como um dos ícones vivos do Brasil. A expressão do jornal tem sua razão de ser: desde os anos 70, Karabtchevsky tem desenvolvido uma das carreiras mais brilhantes no cenário musical brasileiro, atuando por 26 anos como Maestro da Orquestra Sinfônica Brasileira, comandando o projeto mais ousado de comunicação popular da América Latina, o Aquarius, que reuniu durante anos milhares de pessoas ao ar livre e favoreceu, dessa forma, a formação de um público sensível à música de concerto.
Esse período de intensa atividade coincide com sua permanência na Europa, atuando como diretor artístico de diferentes orquestras e teatros: com a Tonkünstlerorchester de Viena (1988 a 1994), o Teatro La Fenice de Veneza (1995 a 2001) e, finalmente, como diretor da Orchestre National des Pays de la Loire (2004 a 2010). Dentre os teatros e orquestras de prestígio dessa fase estão a Salle Pleyel de Paris, o Konzertgebouw de Amsterdã, o Musikverein de Viena, o Royal Festival Hall de Londres, a Accademia di Santa Cecilia de Roma, o Teatro Real de Madrid, a Staatsoper de Viena, o Carnegie Hall de Nova York, o Teatro Comunale de Bologna, a Rai de Torino, o Teatro Colón de Buenos Aires, a Deutsche Oper am Rhein de Düsseldorf, a Orquestra Gurzenich de Colônia, a Orquestra Filarmônica de Tóquio etc.
A partir de 2004 Karabtchevsky assumiu a direção da Orquestra Petrobras Sinfônica, grupo caracterizado por um sistema único de autogestão e que tem proporcionado ao Maestro uma nova etapa em sua carreira. Nesta fase prepondera sua vasta experiência no repertório sinfônico e também a visão do regente habituado a títulos do porte de Erwartung de Schoenberg, O Navio Fantasma, Tannhäuser e Tristão e Isolda de Wagner, Billy Budd de Britten, e inúmeras produções que o levaram a dirigir, na Ópera de Washington, uma notável realização de Boris Godunov, considerada pelo crítico Tim Page, do Washington Post, como a melhor da temporada de 1999-2000. Vêm desse período as comendas que recebeu do governo austríaco pelos serviços culturais prestados ao país, a medalha “Chevalier des Arts et des Lettres”, do governo francês, além das que recebeu de praticamente todos os estados brasileiros.
No início de 2011, Karabtchevsky recebeu o convite para dirigir a Sinfônica de Heliópolis, a maior comunidade carente de São Paulo, assumindo paralelamente a direção artística do Instituto Baccarelli. Foi convidado pela OSESP para a gravação integral das sinfonias de Villa-Lobos, com realização entre 2011 e 2016. Este projeto é resultado de um profundo trabalho de reconstituição das partituras e do resgate de uma importante e esquecida vertente da produção do compositor. Foi diretor Musical do Theatro Municipal de São Paulo e da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre.
Desde 2000, dirige, na Itália, no Musica Riva Festival, masterclasses para Maestros do mundo inteiro. Na Mostra Internacional de Música de Olinda – Mimo, realiza o mesmo curso com enorme sucesso. Atualmente é também o responsável pela programação artística do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Concerto para piano n.º 5 em Mi bemol maior, Op. 73- Imperador (40´)
I- Allegro
II- Adagio un poco mosso
II- Rondo: Allegro ma non troppo
Dois dos aspectos principais do pensamento ocidental são a importância do progresso e da individualidade. Em nenhum lugar esses conceitos são mais aparentes do que na história da música, onde damos atenção especial à inovação na forma e na harmonia. Embora nem sempre seja apreciado na primeira audição - vide a revolta do público na estreia da Sagração da Primavera de Stravinsky - os inovadores acabam recebendo o devido crédito em retrospectiva. Nas suas maiores obras, Beethoven foi um inovador e um individualista que tentou colocar seu selo pessoal em tudo, da harmonia e estrutura musical até avanços na construção de piano. Apesar de manter a forma em três movimentos do concerto, ele expandiu a estrutura interna dos movimentos individuais, especialmente nos Quarto e Quinto Concertos de Piano.
O uso dramático do piano nas frases iniciais desses concertos foi tentado apenas uma vez antes - por Mozart em seu Concerto para Piano em Mi bemol maior, K. 271 - e ocorreu poucas vezes nos grandes concertos de piano até o segundo concerto de Brahms. A estrondosa abertura do Quinto Concerto não tinha precedentes, assim como a recusa de Beethoven em permitir que o pianista improvisasse uma cadência.
Beethoven compôs o Concerto em Viena durante o verão de 1809, sob condições nada favoráveis à criatividade. Em seguida a um dia de bombardeio pesado, Viena se rendeu ao exército francês de Napoleão, e aqueles que puderam fugir assim o fizeram, incluindo o patrono e amigo de Beethoven, o arquiduque Rudolph. Os preços e impostos dispararam, a comida era escassa, os parques foram fechados ao público e Beethoven permaneceu na cidade, sozinho e solitário. Apesar das dificuldades durante aqueles meses difíceis, ele conseguiu compor algumas de suas maiores obras: a Sonata para Piano Op. 81a ("Les adieux"), o Quarteto em Mi bemol, op. 74 (a "Harpa") e o Concerto "Imperador" (o título conferido por um editor, sem a aprovação de Beethoven).
O Quinto Concerto para Piano foi estreado em Leipzig em 1811, e teve uma recepção entusiástica. Foi o único dos concertos de piano de Beethoven sem o próprio compositor no teclado na estreia, já que naquela época sua audição havia se deteriorado demais para ele se apresentar em público, especialmente com uma orquestra. O Concerto abre com um poderoso acorde de orquestra, seguido por uma cadência do piano. Somente depois de mais dois acordes orquestrais interrompidos pelas explosões de piano é que a orquestra apresenta o tema principal. O movimento é tempestuoso e direcionado com alguma da mesma ambiguidade harmônica do primeiro movimento do Quarto Concerto. No ponto em que tradicionalmente se esperaria uma cadência, a partitura do pianista continha a diretiva de Beethoven: "Não toque uma cadência!" A música que se segue, no entanto, tem todas as características de uma cadência, como se o compositor quisesse ter certeza de que suas idéias, não as do pianista, prevaleceriam.
O lírico segundo movimento inicia como um hino, com os violinos em surdina introduzindo o tema, e uma ária cantada pelo solista em pianissimo. Seguem duas variações, a primeira pelo piano, a segunda pela orquestra. Então acontece um dos momentos musicais mais misteriosos de Beethoven, a transição sussurada que desemboca sem pausa no exuberante Rondó. Beethoven cria imensa tensão através de mudanças sutis na tonalidade e no andamento, insinuando o refrão do rondó ainda por vir, até que o Finale explode em seu humor jubiloso.
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Luã Almeida (1988)- Soteropolitana (6´)
Luã Almeida Iniciou seus estudos aos 10 anos de idade e tem como instrumento principal o piano. Graduado em composição pela Universidade Federal da Bahia e mestrando pela mesma instituição, participou de cursos e workshops com grandes referências como Ian Guest e Chick Corea. Em 2016 ganhou o Prêmio Funarte de Composição Clássica e também o Prêmio Caymmi como melhor música instrumental. Em 2018 foi premiado com o melhor arranjo para música instrumental da rádio Educadora FM e no ano de 2019 teve sua obra “Soteropolitana” vencedora do IV concurso de composição do festival Gramado in Concert. Atua no cenário musical baiano como tecladista e já gravou com artistas como Carlinhos Brown, Saulo Fernandes, Negra Cor, Tuca Fernandes, entre outros. Como pianista participou da Orquestra Juvenil da Bahia (NEOJIBA), Sanbone Pagode Orquestra bem como já se apresentou com a OSUFBA e OSBA.
Soteropolitana é uma obra inspirada em um dos bairros mais percussivos de Salvador: o Candeal. E para transformar a inspiração em sons que se aproximem da realidade deste bairro, foi utilizado um ritmo conhecido popularmente como “tamanquinho”, ritmo este disseminado pela banda Timbalada, que também não deixou de influenciar alguns dos motivos melódicos que permeiam a obra. Soteropolitana é sobretudo uma tentativa de unir música de concerto às peculiaridades rítmicas do cotidiano soteropolitano.
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Sinfonia n.º 5 em Dó menor Op. 67 (35´)
I- Allegro con brio
II- Andante con moto
III- Scherzo: Allegro
IV- Allegro
A quinta sinfonia foi concluída em 1808, embora existam esboços desde 1800 e, e em maior quantidade, entre 1804-1806. 1808 foi um ano terrível para Beethoven. A surdez iminente o assustava profundamente, o imperador Napoleão estava marchando sobre sua terra natal, e seu irmão se casara com uma mulher deplorável a quem ele chamava de "rainha da noite". Os rendimentos não eram suficientes. Somente a música tornava a vida suportável e, através da música, ele se tornou um mestre de seu destino. Essa jornada se reflete na icônica quinta sinfonia. E através dela, Beethoven fala de maneira abrangente por e para todos nós.
A sinfonia começa com um trovão: o famoso motivo musical de quatro notas, três notas sol curtas e um mi bemol longo, em fortíssimo. O compositor nos deixa sem fôlego e repete insistentemente as três notas curtas em um tom mais baixo e novamente nos mantém em suspense na quarta. Após esta introdução inacreditável, Beethoven desencadeia um movimento como nenhum outro do seu tempo. A partir desta semente inicial, ele cria uma obra-prima, demonstrando um novo princípio sinfônico: o potencial de uma única célula para gerar uma peça grandiosa. Os ritmos são torrenciais, e o foco único no motivo inicial garante uma coesão extraordinária. Às vezes há gritos, às vezes sussurros ou respiração ofegante nas profundezas da orquestra, mas a jornada segue inexorável. Um segundo tema lírico, introduzido pela trompa, é belo, mas oprimido pela raiva e insistência do motivo de abertura. Um desenvolvimento turbulento da continuidade à obsessão. Na recapitulação tradicional, Beethoven interrompe a ação com uma expressiva cadencia do oboé, para então nos levar a uma longa coda, que martela o motivo de 4 notas repetidamente em nossa alma: este é um dos movimentos mais poderosamente integrados em toda a literatura sinfônica.
O segundo movimento, Andante con moto, gira em torno de quatro variações sobre duas idéias principais. As Violas os e violoncelos cantam uma melodia ricamente declamada antes que clarinetes, flautas e fagotes cantem uma idéia mais robusta e mais assertiva. Embora escreva variações sobre estas duas idéias, Beethoven não resiste e alusões rítmicas ao motivo de 4 notas persistem.
O terceiro movimento, Allegro, é um scherzo, no lugar do então tradicional minueto. Sinistramente, violoncelos e baixos abafados se agitam incansavelmente antes que as trompas surjam com um tema poderoso, derivado do motivo inicial de 4 notas. Os temas se alternam. Uma seção dramática em pianíssimo, sublinhada pelo murmúrio dos tímpanos, carrega a atmosfera com um suspense até então inédito em música até que o brilhante movimento final apareça como uma explosão .
O quarto movimento expande a sonoridade com a adição de um flautim, um contrafagote e três trombones, estes em primeira aparição em uma sinfonia. Uma panóplia de temas ocupa a tela e com uma paleta ampliada. Os trombones são invocados para liderar o tema extrovertido de marcha, que estabelece o terreno de maiores dimensões. Enquanto o contrafagote adiciona profundidade, o flautim fornece brilho. Inesperadamente, a música do terceiro movimento retorna por um breve momento. No clima exuberante atingido, Beethoven nos leva à uma coda triunfante, agora enfatizando o brilho de Dó Maior por 54 insistentes compassos.
A "Quinta" fala uma linguagem musical que ninguém tinha ouvido antes. Esta sinfonia foi a primeira a apresentar uma jornada do conflito ao triunfo, marco inicial de um novo tipo de sinfonia, e a invenção de Beethoven tornou-se um modelo para a escrita sinfônica até os dias atuais.
R. Schumann - Fantasiestucke, op. 73 para violoncelo e piano
I - Zart und mit Ausdruck
II - Lebhaft, leicht
III - Rasch und mit Feuer
Entre os quatro duos para piano e instrumentos solo que Schumann escreveu em Dresden, em 1849, temos as Fantasiestucke (Fantasias), op. 73, originalmente compostas para clarineta e piano e publicadas também com versões para violino e violoncelo. Schumann acabara de terminar sua ópera Genoveva e algumas grandes obras corais e estava emocionalmente exausto. Um estresse adicional foi causado pelas obrigações decorrentes do crescimento da família de Schumann, que impediu sua esposa Clara, famosa pianista, de fazer turnês. Os Schumanns ficaram em Dresden e encontraram consolo de maneira particular no fazer musical com amigos, incluindo músicos da Orquestra da Corte de Dresden. As 3 Fantasias do opus 73 foram concebidas como um ciclo de miniaturas poéticas unificadas harmonicamente. O estado de espírito varia de delicado e expressivo, na primeira peça, a animado na segunda e impetuoso e impaciente na terceira peça. Como nas peças para piano de Schumann escritas uma década antes, a forte afinidade do compositor com a literatura é percebida na clara qualidade narrativa da composição.
L. Beethoven - Sonata nº 3 em Lá Maior, op. 69 para violoncelo e piano
I- Allegro, ma non tanto
II- Scherzo. Allegro molto - Trio
III- Adagio cantabile - Allegro vivace
No extenso catálogo de música de câmara de Beethoven existem cinco sonatas para violoncelo e piano. Duas delas, publicadas como opus 5, são obras de juventude e as duas últimas, opus 102, datam de cerca de 10 anos antes de sua morte. A Sonata nº 3 em Lá maior, porém, vem da década extraordinária que às vezes é chamada de Período "Heróico" de Beethoven (aproximadamente de 1803 a 1812). De fato, esta sonata foi composta em 1808, contemporânea dos Trios com piano "Fantasma" e "Arquiduque", da Quinta e da Sexta Sinfonias e da Fantasia coral.
Embora não sejam tão conhecidas quanto as sonatas para piano ou violino, as sonatas para violoncelo de Beethoven - particularmente a Op. 69 - formam a base do repertório de sonatas para violoncelo do século XIX, de onde surgiram as obras de Mendelssohn, Brahms e outros. E é fácil perceber a razão: como ele havia feito nas sonatas para violino, Beethoven criou uma relação notavelmente igualitária entre violoncelo e piano - a Sonata no. 3 é uma peça na qual os 2 instrumentos brilham, e não apenas um se limitando a acompanhar o outro.
A Sonata em Lá maior tem os três movimentos tradicionais, e uma de suas peculiaridades mais óbvias é o fato de não ter um movimento lento: o adagio na introdução do terceiro movimento é o único trecho lento em toda a peça.
A abertura do primeiro movimento apresenta uma das cativantes idiossincrasias da obra: em vez de começar com um gesto ousado do piano ou do duo, Beethoven optou por abrir com uma linha de violoncelo solo tocada suavemente, o efeito é o de uma peça sendo trazida à vida como se através de improvisação. Gradualmente, o piano se une e os dois instrumentos compartilham cadências curtas e o movimento ganha velocidade. O restante do primeiro movimento é direto na forma e de forte caráter sinfônico.
O segundo movimento é um scherzo maníaco em lá menor. As principais idéias do movimento esboçam nervosamente a tríade da tônica e uma figura em escala; o trio, um pouco mais descontraído, apresenta cordas duplas no violoncelo sobre um pedal de duas notas no piano.
O movimento final começa com uma introdução curta e lenta que lembra o início do primeiro movimento e prepara o cenário para o lirismo que se seguirá. Quando o movimento começa para valer, é com uma figura de violoncelo com o contorno de uma tríade de lá maior sobre um insistente pulso de colcheias no piano. O segundo tema alterna frases curtas no violoncelo ecoadas por colcheias ainda mais percussivas no piano. Após um desenvolvimento selvagem, o movimento chega a uma conclusão triunfante, que prenuncia o final da grande Sétima Sinfonia.
Quarteto de Cordas No. 2 em Sol maior, op. 18, nº 2
(23´)
I- Allegro
II- Adagio cantabile
III- Scherzo: Allegro
IV- Allegro molto, quasi presto
Os primeiros quartetos de Beethoven, os seis trabalhos publicados como Opus 18, foram escritos durante os anos finais do século XVIII. De certa forma, eles são criaturas daquele século. Beethoven em 1799 era um ex-aluno de Haydn, adorador de Gluck e aspirante ao trono do então popular compositor Luigi Cherubini. Ao contrário do Beethoven maduro, destruidor de moldes estabelecidos, esse jovem recém-chegado a Viena estava empenhado em tornar seu nome famoso em um campos já estabelecidos, em dominar as formas tradicionais melhor do que todos. Para esse fim, os quartetos do opus 18 são peças brilhantes, repletas de caráter e impetuosidade, mas que se mantêm dentro das estruturas e do escopo esperados de um quarteto de cordas escrito por Mozart ou Haydn, em qualquer dos 25 anos precedentes.
O segundo desses quartetos, em Sol maior- o mais fundamentado dentre eles na tradição musical do século XVIII- é um exemplo. A música é genial, cheia de luz solar. O primeiro movimento entra na sala como um desconhecido elegante: reverências corteses, conversas espirituosas, pausas de suspense. A escrita para o quarteto aqui é muito coesa; um dos gestos favoritos de Beethoven, uma frase em uníssono seguida de silêncio, pode ser encontrada em todos os quartetos do Opus 18, e aqui ele a explora com total aproveitamento retórico, usando-a por vezes como um desafio, e logo depois como uma provocação. A segunda idéia melódica do movimento é desconcertantemente simples, expressa em uníssono rítmico. Mais tarde neste movimento, Beethoven apresenta uma simulação brincalhona de seriedade erudita, introduzindo uma pequena fuga que aumenta a tensão até um clímax repressivo, seguido de uma pausa surpreendente. Logo em seguida os bons tempos são retomados e o movimento termina exatamente como começou, com a mesma frase simples e seus silêncios provocadores.
O movimento lento é uma cantilena, quente e íntima, em que o primeiro violino canta uma ária devota, ricamente ornamentada. Parece-nos então que saímos da sala de música de câmara e entramos em um palco de ópera, no qual a soprano canta seu amor. A frase final desta primeira seção é novamente seguida de pausas - um adeus sussurrado. O que acontece a seguir é uma surpresa absoluta: o mesmo motivo é transformado em um animado jogo de pega-pega por um minuto, após o que a ária calma recomeça, agora como um dueto entre o primeiro violino e o violoncelo.
O terceiro movimento, um scherzo brincalhão, insiste quase obstinadamente em um único ritmo saltitante em toda sua primeira parte. Ele é ora gracioso ora elefantino, mas permanece sempre divertido,enquanto passa por muitos estados de espírito e tonalidades. O trio central, por outro lado, quase não sai de dó maior; o milagre aqui é que, depois de começar pomposa e com mão pesada, a música cria asas e voa de um lado para outro.
O Finale abre com uma única voz, o violoncelo, convidando todos a aparecer e tocar. Esse movimento inteiro é sobre brincadeiras- imitação, esconde-esconde, pular carniça, perseguição- executadas a toda velocidade. Um jogo favorito é "adivinhe a minha tonalidade" - a música parece começar em uma tonalidade, repentinamente pensa melhor e envereda por uma outra, evocando um prazer infantil. O movimento conclui como uma roda de ciranda, colapsando em triunfo.
(Adaptado de texto original de Misha Amory)
Concerto para Piano e Orquesta n.º 4 em Sol maior, Opus 58 (34´)
I-Allegro moderato
II-Andante con moto
III- Rondo (Vivace)
Durante os anos imediatamente seguintes à composição e à primeira apresentação da Sinfonia Eroica, idéias para novas composições encheram os cadernos de esboços do compositor, e ele concluiu muitas obras importantes após em rápida sucessão. Ele compôs o Eroica (Opus 55) em 1803, embora os retoques finais tenham sido adicionados no início do ano seguinte. De 1804 a 1806, Beethoven ficou profundamente concentrado na composição de sua ópera Fidelio, mas também completou três sonatas para piano (incluindo Waldstein, Opus 53 e Appassionata, Opus 57), o Concerto Triplo (Opus 56), Quarto Concerto para Piano (Opus 58) e os Quartetos de cordas Razumovsky (Opus 59). Ao final de 1806, ele havia acrescentado a Quarta Sinfonia (Opus 60) e o Concerto para Violino (Opus 61), e já havia realizado uma boa parte do trabalho na peça que se tornou a Quinta Sinfonia. É realmente um jorro deslumbrante de peças extraordinárias - e entre elas o Concerto para Piano No. 4 está entre as mais originais.
O começo é um dos mais memoráveis dentre todos os concertos. Em vez de deixar que a orquestra tenha a sua extensa fala durante um longo ritornello, Beethoven garante a presença do solista imediatamente - não com brilhante auto-afirmação, como seria o caso no Concerto Imperador, mas com insinuação gentil, uma frase tranquila que termina em uma suspensão. A resposta da orquestra também é calma, mas surpreendente, porque parece vir em uma tonalidade totalmente inesperada, embora termine sendo simplesmente uma harmonização momentaneamente brilhante da primeira nota da melodia. Isso produz um momento de rica poesia que ecoa durante todo o movimento.
Este início notável é apenas a primeira de muitas idéias novas, surpreendentes e preciosas que Beethoven oferece no concerto. Surpresas acontecem por toda parte, principalmente quando Beethoven parece criar uma expectativa formal habitual. No final da exposição do primeiro movimento, por exemplo, o solista chega em um trinado prolongado que, por causa de um longo condicionamento, esperamos que leve a um fortissimo orquestral concluindo o trecho. Esse fim chega, com certeza, mas não antes do pianista timidamente inserir uma versão docemente expressiva de um tema que originalmente é grandioso e avassalador. E imediatamente depois disso, uma nota inesperada (reiterando o padrão rítmico onipresente que este concerto compartilha com a Quinta Sinfonia) marca o início do desenvolvimento.
De certa forma, o segundo movimento é a maior surpresa de todas. Sua estrita separação do solista e das cordas (o restante da orquestra fica em silêncio) é tão impressionante que parece exigir uma explicação. O musicólogo Owen Jander propôs que Beethoven criou esse movimento como a música de programa mais profunda que ele escreveu, inspirada na história de Orfeu e Eurídice: ele aparentemente pretende expressar o "poder da música", retratando o grande cantor Orfeu pedindo às Fúrias que permita que ele passe para o mundo subterrâneo, continuando com a ascensão de marido e mulher quase à superfície do mundo superior antes que Orfeu olhe para trás e perca Eurídice novamente. O movimento é tão extraordinário que algo bastante atípico está claramente acontecendo. As cordas orquestrais, com seu uníssono perpétuo e staccatos secos até os últimos poucos compassos, evitam qualquer sensação de suavidade ou até humanidade, enquanto o piano (como Orfeu) implora com crescente urgência, finalmente superando a oposição das cordas o suficiente para terminar com seu duro uníssono , convencendo-as a unirem-se em harmonia.
Se o primeiro movimento iniciou com uma surpresa harmônica na entrada da orquestra, o último movimento terá jogadas semelhantes, primeiro parecendo começar na tonalidade "errada", por meio de uma conexão a partir do último acorde do segundo movimento. E Beethoven usa essa harmonia inesperada para criar muitos truques ao longo do movimento final. Muitas das idéias temáticas crescem a partir de quatro minúsculas figuras melódicas e rítmicas contidas no próprio tema do rondó. A maior parte do movimento corre em grande velocidade, mas Beethoven também faz uma pausa às vezes para momentos de colorido delicado e até romântico, depois retornando aos altos espíritos fundamentais que fecham o concerto com alguns últimos ecos de brincadeira.
Este arranjo anônimo para sexteto do Quarto Concerto para Piano de Beethoven foi muito popular em Viena durante a vida do compositor. Sabemos disso por pelo menos dois conjuntos de partes manuscritas que estavam então em circulação.Esta versão integra habilmente as partes originais dos sopros na textura das cordas. A primeira publicação deste arranjo foi editada pelo renomado estudioso de Beethoven, Jonathan Del Mar, e saiu na década de 1990.
Matéria da Tribuna da Bahia
https://www.trbn.com.br/materia/I24735/neojiba-inicia-tempora-2020
Matéria do site Movimento
https://movimento.com/neojiba-abre-o-ano-beethoven-e-traz-novidades-para-2020/
Link para a matéria no site do Correio:
https://correio.rac.com.br/_conteudo/2020/01/agencias/892040-arte-feita-para-o-palco.html
Matéria do Salvador Notícias
https://www.salvadornoticias.com/2020/03/publico-lota-sala-neojiba-no-primeiro.html
Matéria da SJDHDS - Secretária de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social
Reportagem da Revista Concerto